Um grupo de índios se reuniu e criou um documento solicitando das autoridades a liberação dos três indígenas que estão detidos na cadeia pública de Juína, noroeste do estado, acusados de terem assassinado Francisco Avacir Gomes, 54 anos, na noite de segunda-feira (11), após uma confusão em um bar. Os indígenas não admitem a prisão dos acusados, já que segundo eles, o crime foi em legítima defesa.
“A vítima estava ameaçando Jair (líder indígena preso) há algum tempo. No bar a vítima chegou armada com uma faca e desferiu um golpe” – explicou o líder indígena Dalaimacê, da etnia Ena-Wene-Nawe.
O líder já está mobilizando centenas de índios de diversas etnias da região. “Comunicamos nossos parentes que devem chegar até quinta-feira, para resgatar os presos” – contou. Caso não sejam atendidos, os índios prometem destruir a cadeia. “Vamos quebrar tudo e liberar todo mundo” – alertou.
A reportagem procurou o judiciário, porém a juíza substituta Elza Yara Ribeiro Sales não se inteirou sobre o pedido e informou através da assessoria que se manifestará a imprensa ainda esta semana. O coordenador da Funai de Juína Antônio Carlos de Aquino que está em Cuiabá, informou ao JNMT que já se reuniu com o procurador federal do órgão, solicitando a petição para o relaxamento da prisão. O procurador alegará a legítima defesa e pedirá que os detidos possam ficar sobre a tutela da Funai.