Pesquisadores norte-americanos criaram vasos sanguíneos em laboratório para utilização em cirurgias de ponte de safena e para o aceso vascular na hemodiálise. A pesquisa feita por cientistas da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, e da Universidade de Yale, foi publicada na revista Science Translational Medicine na quarta-feira (2).
As veias são geradas pelo cultivo de células humanas em um biorreator que forma um tecido espesso. As células, então, são retiradas do tecido, e as veias feitas podem ser armazenadas por até 12 meses em refrigeração até a necessidade do paciente.
Diante dessa tecnologia, os pesquisadores desenvolveram veias com diâmetro maior, para acesso vascular em casos de hemodiálise renal, e menor, para uso em cirurgia.
As veias foram testadas em babuínos e cães e funcionaram por seis meses, sem rejeição. Elas também puderam ser armazenadas em solução salina por até um ano, sugerindo que os cirurgiões um dia poderão arrancar uma veia "da prateleira" para uso em um paciente doente, disse o estudo.
Os ensaios clínicos em humanos devem começar em breve, de acordo com Shannon Dahl, porta-voz da Humacyte, empresa de medicina regenerativa com base na Carolina do Norte, que também contribuiu para o estudo e financiou a pesquisa.