Verdão vira sobre time de Love e inicia 2015 voltando a vencer em casa

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Em seu primeiro jogo em 2015, o Palmeiras exorcizou, ao menos, um fantasma de seu centenário. Quase completamente reformulada, a equipe do estreante Oswaldo de Oliveira virou sobre o Shandong Luneng, time chinês de Vagner Love, e, ao vencer por 3 a 1, conquistou sua primeira vitória no Palestra Itália desde maio de 2010.

Após quatro anos longe da casa, agora totalmente reformada, o Verdão não foi além de uma derrota para o Sport e um empate com o Atlético-PR, na campanha que quase culminou com o rebaixamento no Brasileiro do ano passado. O duelo com os chineses neste sábado serviu para encerrar o tabu, já que o time não ganhava em seu estádio desde que impôs 4 a 2 ao Grêmio em 22 de maio de 2010.

Mais do que qualquer valor histórico, a partida foi útil para Oswaldo de Oliveira testar as opções de um novo Verdão, e também para palmeirenses xingarem Vagner Love – formado no clube, o atacante gera ódio em torcedores por ter dado entrevista como jogador do Corinthians em 2005, voltar atuando mal e sendo agredido em 2009 e marcar o  do Flamengo no rebaixamento alviverde em 2012.

Os chineses, porém, deram susto, abrindo o placar em cobrança de falta de Montillo, aos 15 minutos. Mas, aos 17, o atacante Leandro Pereira estreou com gol, assim como o lateral direito Lucas, aos 40. No segundo tempo, aos 30, Cristaldo deixou sua marca, fechando o placar do amistoso que inaugura 2015 para o Palmeiras.

O jogo –Treinando há dez dias, o Palmeiras pareceu ter sido motivado pelo ânimo da torcida presente no Palestra Itália e logo se espalhou no gramado, com dinâmica e movimentação enquanto não havia entrosamento. Individualmente, demorou a aparecer algum destaque, mas o adversário, com jogadores visivelmente acima do peso, ajudava.

Fora a condição física longe da ideal de Aloisio, que parecia lutar contra si mesmo para dar arrancadas bem abaixo das da época de São Paulo, nada chamava mais atenção que Vagner Love. Não pela movimentação do atacante, que se mexia a passos curtos, mas pelo ódio que o centroavante despertava. Bastava o jogador de tranças azuis tocar na bola ou aparecer no telão do estádio para ser xingado.

A esperança palmeirense, porém, estava mais concentrada em ver as peças escolhidas para a reformulação de um time quase rebaixado na temporada do centenário, em 2014. Responsável por comandar o novo Verdão, Oswaldo de Oliveira conseguiu posicionar bem a equipe taticamente, em um 4-2-3-1 com liberdade para volantes e até zagueiros se aproximarem, sem segurar os laterais.

O palmeirense, porém, reencontrou velhos problemas, e, como de costume, não escondeu sua irritação. Mendieta continuava com a sina de não acertar quase nada que tenta, além de pouco se mexer. Já Maikon Leite continuava correndo, e trombando, como fez até sair do clube há um ano e meio. Mas Allione, pela esquerda, o lateral direito Lucas e os volantes Gabriel e Amaral compensavam, mostrando qualidade para desarmar e levar a bola à frente.

Até que um dos três jogadores do Shandong Luneng conhecidos apareceu. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira viu falta sobre Montillo, ex-Cruzeiro e Santos, sofreu falta. O próprio argentino bateu em direção à grande área e ninguém desviou. Encoberto por colegas e adversários, Fernando Prass não conseguiu que a bola balançasse as suas redes, aos 15 minutos.

O Verdão, porém, não se abalou com o susto na bola parada causado pelo time chinês. Os anfitriões tinha movimentação dos dois lados, conseguia pressionar e o empate era questão de tempo. Muito curto. Aos 17, Lucas entrou na área driblando, prendeu a bola e a soltou para Maikon Leite ter um raro, mas decisivo acerto. O contestado atacante cruzou com precisão para Leandro Pereira, que passou nas costas do atrapalhado goleiro rival para testar nas redes vazias, estreando com gol no novo clube.

Sem mostrar grandes dificuldades físicas, mesmo sob o forte calor em São Paulo, o Palmeiras foi se ajeitando em campo, com clara intenção de todos em se mexer para entrosar. A torcida, animada, distribuía aplausos a cada lance mais chamativo, como dois chapéus seguidos de Lucas. Até Maikon Leite foi festejado ao desarmar Love.

Aos 40, devido a um vacilo do odiado centroavante do Shandong Luneng, o Verdão virou. Graças, também, a dois dos destaques entre os comandados por Oswaldo de Oliveira. Se Mendieta não acertava passe, Allione encontrou Lucas, que passou nas costas de Vagner Love para entrar na área e soltar a bomba nas redes, sendo mais um a estrear com gol nesta tarde.

No último lance do primeiro tempo, Maikon Leite se aproximou livre da pequena área e deu um chute cruzado tão bisonho que acabou virando um passe, mas mais forte do que Leandro Pereira e um carrinho de Zé Roberto puderam alcançar a tempo de transformar em outro .

Vencendo por 2 a 1, Oswaldo dar chances às opções que tem, tirando ainda mais qualquer entrosamento, mas alegrando palmeirenses com as saídas de Mendieta e Maikon Leite. Assim, o Verdão ainda acertou o travessão em cabeçada de Amaral, aos sete minutos.

Diante do desentrosamento rival, o Shandong deu passos à frente e passou a jogar no campo dos anfitriões. Mas falta qualidade ao time chinês. Só Aloisio chamou atenção, negativamente. Aos 18, cabeceou boa chance para fora, deu tapas no rosto, recebeu vaias e tentou responder com um cruzamento de chaleira. Vergonhoso, para vibração dos palmeirenses.

Entre xingamentos a Vagner Love, além de vaias à entrada do atacante Vinicius no lugar de Mouche – o argentino se machucou com 15 minutos em campo –, o palmeirense ainda teve mais um motivo para comemorar, com dois que saíram da reserva. Aos 30 minutos, Ayrton lançou e a zaga chinesa não cortou, deixando Cristaldo livre para bater cruzado, selando o amistoso com belo gol.

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