TERRA INDÍGENA Vereador e dirigente da Aprosum são presos em operação da PF

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Desde o início da manhã desta quinta-feira (7), a Polícia Federal cumpre mandados de prisão e busca e apreensão de pessoas envolvidas na reocupação da terra indígena Marãiwatsédé, antiga gleba Suiá Missú. Segundo informações do Ministério Público Federal, cinco mandados de prisão, oito mandados de condução coercitiva e 17 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal.

Um deles aconteceu em Goiânia, onde mora o Presidente da Associação dos Produtores Rurais da Suiá Missú (Aprosum), Sebastião Prado. Além de conduzir Prado, foi levado de sua residência um computador. Outro mandado de prisão foi cumprido contra, Renato Teodoro, também dirigente da Aprosum.

A PF também cumpriu mandados de prisão em Alto Boa Vista (1.059 km a Nordeste da Capital), onde foi detido o vereador Osvaldo Levino Oliveira, mais conhecido como Nivaldo do Posto da Mata (PP). Um mandado de condução coercitiva foi expedido contra a vice-prefeita do município, Irene Maria Rocha Santos e seu marido Josenil Moreira dos Santos, já que ambos estão viajando.

A lista de mandados é grande e nela ainda estão Willian Oliveira da Silva, Elias Moreira Rocha, Gilberto Luiz de Rezende, José Antônio da Silva, e Antônio Mamed popularmente conhecido como Alemão.

As medidas estão sendo cumpridas em nove municípios, nos estados de Mato Grosso, Goiás e São Paulo, nas cidades de Alto Boa Vista (MT), São Felix do Araguaia (MT), Confresa (MT) Querência (MT), Cana Brava do Norte (MT), Água Boa (MT), Rondonópolis (MT), Goiânia (GO) e Cedral (SP).

O mandado de prisão foi expedido pelo Juiz Federal Augusto Moreira Lima da Sub Sessão Judiciária de Barra do Garças e as pessoas detidas estão sendo encaminhadas para a Delegacia da Polícia Federal do município.
Segundo informações preliminares o que teria motivado as prisões, foi a participação nos atos que tentaram impedir a Polícia Federal e a Força Nacional a cumprirem o despejo das famílias que ocupavam a antiga gleba, determinada pela Justiça Federal em dezembro de 2012.

Apropriação indébita, saques, agressão física, resistência à ordem judicial são algumas das acusações feitas pela polícia.

Segundo o advogado dos dirigentes da Aprosum, Luis Alfredo Faresin, as prisões aconteceram de maneira equivocada. “É totalmente arbitrária, não justifica a Justiça mandar prender essas pessoas como se elas fossem bandidas. Eles já perderam tudo e agora ainda são presos. Além dos danos materiais ainda há o dano emocional”.

O advogado ressalta ainda que há alguns meses atrás uma carta redigida por ele mesmo, foi emitida aos morados do assentamento para que eles não enfrentassem a polícia. “Na época essa carta foi publicada, inclusive pelos veículos de comunicação da região e os principais do Estado”.

Faresin garantiu que dentro de 5 dias, os demais dirigentes se apresentarão na delegacia para prestar esclarecimentos ao delegado responsável pelo caso.

A Polícia Federal não divulgou os demais nomes e aguarda o cumprimento dos demais mandados para se posicionar sobre a operação.

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