Silval quer ação permanente das Forças Armadas em MT

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O governador Silval Barbosa defendeu, na noite de segunda-feira (5), em Cáceres (225 km a Oeste de Cáceres), que o Congresso Nacional discuta a mudança da Constituição Federal para que as Forças Armadas possam atuar permanentemente na zona de fronteira, entre Mato Groso e Bolívia.

Durante a instalação do Gabinete de Gestão Integrada-Fronteira (GGI), que une as forças federais e estaduais, ao lado de entidades, para enfrentar o crime organizado na fronteira, Silval se dirigiu diretamente ao vice-presidente da República, Michel Temer, e ao ministro da Defesa, Celso Amorim.

Sllval relatou que, pela fronteira seca de Mato Grosso com a Bolívia, numa faixa de 700 quilômetros, entram cerca de 70% das drogas, em especial a cocaína, distribuídas no Brasil.

"Vejo que o passo maior é enfrentar no Congresso a alteração da Constituição Federal, que permita que as Forças Armadas atuem permanentemente na fronteira", disse Silval.

De acordo com a legislação, o Exército participa de ações na fronteira, mas não de forma permanente. Antes da assinatura do Plano Estratégico de Fronteira e da instalação do GGI-Fronteira, a cúpula do Exército Brasileiro fez uma palestra técnica sobre os resultados da Operação Ágata III, desenvolvida nas últimas duas semanas na zona de fronteira com a Bolívia e que envolveu forças nacionais e estaduais.

O governador disse que os resultados da operação foram amplamente positivos. "Vi os resultados apresentados pelo general Bernardes e deu para perceber não só a sensação de segurança na região de Cáceres, mas até em Cuiabá. Quero agradecer a todos os que participaram desta operação", afirmou.

Silval lembrou que esteve em Brasília participando do lançamento do Plano de Segurança na Fronteira, ocasião em que a presidente Dilma Rousseff delegou ao vice-presidente Michel Temer a missão de coordenar as ações. "Sei da sua difícil missão, mas sei também da sua experiência e competência. Pode contar com a parceria de Mato Grosso", destacou o Governador.

A presença das forças nacionais na fronteira, durante a Operação Ágata, segundo o governador, "incomoda" os traficantes que não veem a hora que a operação termine. "Só que aí eles vêm com mais força", disse.

Ao justificar a presença permanente das Forças Armadas, Silval disse que a Operação Gênesis, anterior a Operação Ágata, reprimiu a ação dos traficantes de armas e drogas. Mas, assim que acabou, graças à ação da Operação Sentinela, com homens da PF e PRF, cresceu a apreensão de drogas e armas.

"Em 2010, foram seis toneladas de drogas e, até agora, as apreensões já se aproximam de seis toneladas", relatou. Para o governador, a presença constante das forças dificultaria as ações, diminuindo a entrada de drogas e armas.

A solenidade realizada nas instalações do 2º Batalhão de Fronteira aconteceu depois que o vice-presidente Michel Temer, o governador Silval Barbosa e o ministro da Defesa, Celso Amorim, realizaram um sobrevôo de helicóptero na faixa de fronteira.

Além do chefe do Estado Maior do Exército, general Enzo Martins, participaram o prefeito de Cáceres, Túlio Fontes, os deputados federais Carlos Bezerra, Pedro Henry e Valtenir Pereira, os deputados estaduais Airton Português, Walter Rabelo, os secretários estaduais Diógenes Curado (Segurança Pública), José Lacerda (Casa Civil), Osmar de Carvalho (Comunicação Social), além de outras autoridades. 

Com informações da Secom-MT

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