Sema, Detran e Polícia Civil saem às ruas em protesto

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Três categorias profissionais do Serviço Público em Mato Grosso saíram às ruas de Cuiabá, na tarde desta quinta-feira (28). Servidores da Polícia Civil, Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) e Secretaria de Meio Ambiente (ema), em um movimento unificado, fizeram uma passeata pelas principais ruas da Capital. 

Segundos os sindicatos de cada categoria, a meta é chamar a atenção da sociedade e mostrar ao Governo do Estado que as greves não têm previsão de término, caso as negociações não evoluam. 

Cerca de 800 manifestantes partiram da Avenida Getúlio Vargas, em direção ao centro da cidade até a Praça Alencastro. Amimados por um carro de som, grevistas gritavam palavra de ordem. Uma delas era: "Silval, a greve continua. A culpa é sua!".

A Polícia Militar e agentes de trânsito (amarelihos) da SMTU deram cobertura à manifestação, interrompendo o trânsito em algumas ruas, que ficaram totalmente congestionadas. Os servidores abordavam pessoas nas ruas e faziam um trabalho de panfletagem. 

Enquanto os manifestantes tomam às ruas de Cuiabá, à procura de apoio da sociedade, a Secretaria de Estado de Administração (SAD) não comenta a situação e se mantém firme nas propostas já enviadas para às categorias. Todas as propostas foram rejeitadas.

Polícia Civil

A greve dos investigadores e escrivães da Polícia Civil começou no dia 1º de julho e durou 13 dias. A paralisação foi suspensa na semana passada para que o Governo pudesse apresentar uma proposta de reajuste salarial.

O movimento tem refletido diretamente no andamentos inquéritos. Somente na Delegacia Especializada de Proteção a Pessoa, já se acumulam mais de 500 processos de investigação. 

O sindicato da categoria, o Siagespoc, rejeitou a proposta enviada pela SAD. Segundo a proposta, a partir de dezembro de 2011, o salário inicial seria 2.460 e, o final, para classe E, nível mais alto da carreira policial, R$ 6.231. Já a partir de maio de 2012, o inicial seria R$ 2.706 e o final, R$ 6.854. 

Em maio de 2013, os escrivães e investigadores passariam a receber R$ 2.976 e R$ 7.539. No mesmo mês do ano seguinte, 2014, os salários seriam R$ 3.274 e R$ 8.293, inicial e final, respectivamente. 

Sema

A greve no Meio Ambiente começou em junho e foi suspensa para entrar em negociação com o Governo. A greve foi retomada pelos servidores, que alegaram que não receberam uma proposta. Atualmente, apenas os concursados mantêm o movimento, em um total de 420 funcionários.

A principal reivindicação da categoria é pela valorização das carreiras, que, desde 2007, não passam por uma reestruturação salarial. De acordo com os servidores, em 2000, o piso inicial para nível superior era de 10 salários mínimos. Atualmente, o piso para o mesmo nível é de 4,6 salários mínimos.
Entre as atividades prejudicadas com a greve, estão setores da emissão de licenças ambientais, monitoramento de queimadas e fiscalização.

O movimento foi considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça, com uma multa de R$ 20 mil por dia parado. Porém, a categoria recorreu e disse que, mesmo pagando o valor, continuará a greve, até uma negociação definitiva.

Detran

No final de junho, mais de 650 servidores do Detran ficaram 13 dias em greve e voltaram apenas diante da possibilidade de negociação do Governo. Sem uma proposta que contemple as reivindicações, os profissionais retomaram o movimento grevista. 

Os servidores reivindicam reajuste salarial para os funcionários de nível médio e superior. Segundo o Sindicato dos Profissionais de Trânsito do Estado de Mato Grosso (Sinetran/MT), os servidores de nível médio e superior recebem, respectivamente, R$ 1.252 e R$ 2.944. 

A categoria reivindica reajustes nos benefícios iniciais para R$ 4.352 e R$ 2.052 já partir deste ano. O Governo propôs uma alta de 4,86% a partir de 2011, e o pagamento de 10% fracionado nos próximos três anos.

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