Santos se inspira em coincidências com time de Pelé para chegar ao tri da Libertadores

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O torcedor santista mais supersticioso tem motivos para estar otimista na final da Copa Libertadores 2011, que terá sua primeira partida realizada nesta quarta-feira (15),  21h50 (horário de Brasília), no Estádio Centenário, em Montevidéu, entre Santos e Peñarol. 

A campanha do Santos este ano guarda alguns pontos em comum com a trajetória do primeiro título do Peixe na competição continental, em 1962. O primeiro deles está na própria decisão, contra o time uruguaio.



A final da Libertadores de 1962 também começou em Montevidéu, como será em 2011. O Santos venceu por 2 a 1, mas uma derrota no segundo jogo provocou um terceiro jogo como desempate, previsto pelo regulamento da época. Em partida disputada em campo neutro em Buenos Aires, o Peixe conquistou seu primeiro título continental, com um show de Pelé na vitória por 3 a 0.


E o Rei do Futebol também protagoniza uma coincidência. Ele se machucou durante a Copa do Mundo daquele ano, disputada no Chile e conquistada pelo Brasil. Por conta disso, o camisa 10 desfalcou também o Santos nos jogos que se seguiram e acabou ficando de fora das primeiras partidas da decisão.

A história pode se repetir com o atual camisa 10 santista, Paulo Henrique Ganso. Machucado desde o primeiro jogo da decisão do Paulistão, o jogador deve voltar apenas no segundo jogo da final contra o Peñarol.



Quem também se destacou na decisão de 1962 foi o árbitro chileno Carlos Robles. Na segunda partida da decisão, na Vila Belmiro, Robles encerrou o jogo após um tumulto causado por torcedores no momento em que o Santos igualou o placar em 3 a 3 (resultado que daria o título ao time brasileiro).

No dia seguinte, Carlos Robles colocou na súmula que a partida havia sido cancelada antes do gol santista, marcado por Pagão. O árbitro chileno também apitou o primeiro confronto da final, em Montevidéu. Desta vez, o árbitro que apitará o jogo de ida da decisão é justamente um xará de Robles, o paraguaio Carlos Amarilla, no mesmo Estádio Centenário.

Mais um ponto em comum entre as duas campanhas santistas está na fase de grupos da Libertadores. O Santos enfrentou o Cerro Porteño, do Paraguai, há 49 anos, confronto que se repetiu na atual edição da competição continental. O time de Pelé, Pepe e Coutinho despachou o adversário com um histórico 9 a 1, jogando na Vila Belmiro. O resultado classificou o Peixe para as semifinais do torneio.

Em 2011, o time da Vila enfrentou o Cerro na primeira fase, vencendo fora de casa, e também nas semifinais da Libertadores, onde uma vitória em casa e um empate no Paraguai foram suficientes para o Peixe chegar à decisão.

As coincidências não param por aí. O Santos de 1962 também foi campeão paulista, feito repetido este ano pelo time de Neymar e Paulo Henrique Ganso. Como se não bastasse, o vice-campeão estadual daquele ano foi justamente o Corinthians. A diferença está na fórmula de disputa do Paulistão, que na época utilizava o sistema de pontos corridos. O Peixe venceu a competição com 11 pontos de vantagem para o rival.


E como não custa nada lembrar, naquele ano o Peixe conquistou também o Mundial Interclubes e a Taça Brasil, hoje reconhecida pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) como uma edição do Campeonato Brasileiro. 

Vítima das revanches?

Por outro lado, há uma coincidência que coloca uma pulga atrás da orelha dos torcedores santistas. O time chega nesta quarta-feira (15) à quarta decisão de Libertadores de sua história. Nas duas primeiras, conquistou dois títulos, contra Peñarol e Boca Juniors.

Em 2003, o Peixe voltou a enfrentar os argentinos e perdeu em pleno Morumbi. Agora, a revanche é contra o time uruguaio, com decisão no Pacaembu. O Peñarol tem a chance de repetir o feito do Boca Juniors e se vingar da derrota de 1962.

 

O fator campo também pode preocupar os supersticiosos. Os dois títulos do Peixe na Libertadores foram conquistados fora do Brasil, em Buenos Aires. Quando decidiu no Brasil, perdeu para o Boca Juniors. Desta vez, volta a fazer o último jogo da competição em São Paulo.

Para o jogo desta quarta-feira, o Santos terá um sistema defensivo bastante modificado. Os laterais Léo e Jonathan, machucados, e o zagueiro Edu Dracena, suspenso, não jogam. Os substitutos serão, respectivamente, Alex Sandro, Pará e Bruno Rodrigo.

No Peñarol, o grande destaque é o meia Martinuccio, que é pretendido pelo Palmeiras, mas deve ir para a Itália.

FICHA TÉCNICA 
PEÑAROL-URU X SANTOS 

Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai) 
Data: 15 de junho de 2011, quarta-feira 
Horário: 21h50 (horário de Brasília) 
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai) 
Assistentes: Nicolas Yegros e Rodney Aquino (ambos do Paraguai) 

PEÑAROL-URU: Sosa; Alejandro González, Carlos Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier; Martinuccio e Olivera 
Técnico: Diego Aguirre 

SANTOS: Rafael; Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Elano; Neymar e Zé Eduardo 
Técnico: Muricy Ramalho

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