O governador Silval Barbosa definiu que a escolha do sistema de transporte a ser adotado em Cuiabá, com vistas à Copa do Mundo de 2014, será anunciada oficialmente no final dste mês de junho.
Anteriormente, o anúncio estava marcado para a última sexta-feira (10), mas, segundo o governador, os estudos a respeito da viabilidade da implantação do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), no que se refere aos termos financeiros, não foram concluídos.
"Tenho esta semana para receber a conclusão da elaboração dos estudos, que tratam da capacidade de investimentos. Até o momento, só foram apresentados os pontos relacionados às desapropriações, e não tratamos dos valores. Preciso da conclusão desses estudos para tomar a decisão final", explicou Silval.
O Estado já entregou, na Caixa Econômica Federal (CEF), o projeto executivo para implantação do BRT (Bus Rapid Transit) e tem assegurados R$ 440 milhões para investimento neste modelo de transporte.
No entanto, uma das preocupações do Palácio Paiaguás é diminuir o número de desapropriações nas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande.
"Nós temos um projeto para investir R$ 440 milhões no BRT (Bus Rapid Transit), mas não sabemos o impacto financeiro para mais de 1,3 mil desapropriações que precisariam ser feitas. Ainda não tem o valor exato e tampouco sabemos a noção do tamanho da briga jurídica em torno disso", observou o governador.
Neste quesito, o VLT é considerado mais vantajoso, conforme apontam estudos entregues ao governador Silval Barbosa, além de ser considerado ecologicamente mais correto pelos especialistas em transporte coletivo.
Os trechos de passagem do BRT ou VLT serão CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro. Por causa disso, é necessária a ampliação lateral das pistas para facilitar o tráfego nas avenidas Prainha e Fernando Corrêa da Costa; em Várzea Grande, na Avenida da FEB.
Preço da passagem
Conforme se apurou, um dos impeditivos para a implantação do VLT em Cuiabá seria o preço da passagem, que poderia ultrapassar R$ 5. No entanto, Silval pregou cautela e anunciou que qualquer decisão vai ser baseada em estudos.
"Contratamos um estudo para ver quanto vai custar a obra. Ninguém sabe o custo da tarifa. É precipitado, preciso de um estudo em mãos para verificar a viabilidade e dar uma resposta à sociedade", disse.
Em relação ao modelo de investimento do VLT, se seria financiamento contraído junto a bancos ou empréstimo, Silval destacou que a resposta não pode ser dada neste momento.
"Tenho que aguardar o estudo para verifica se o modelo é viável. Depois, analisar qual o melhor caminho para investir",afirmou.