Rodrigo Janot acusa Blairo de três fatos criminosos

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Celly Silva/GD


Acusações de prática de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa foram os motivos pelos quais o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux autorizou mandado de busca e apreensão contra o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Maggi (PP), o que foi cumprido pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (14) em seu gabinete no Senado, em Brasília, no grupo Amaggi em Cuiabá, em sua casa em Rondonóplis (212 Km ao Sul) e em seu apartamento funcional em Brasília.

Santos, vinha tentando obstruir a investigação criminal relativa à operação Ararath, com o objetivo de impedir a produção de provas contra ele.

De acordo com o ministro Luiz Fux, os mandados de busca e preensão foram autorizado por conta da necessidade revelada com a gravidade dos delitos supostamente praticados, que, segundo ele, dariam pena de reclusão de 3 a 8 anos, além de multa.

 

1º fato criminoso

A primeira acusação da PGR, que é assinada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, contra Blairo dá conta que em novembro de 2013, após a 1ª fase da Operação Ararath, os ex-secretários de Estado na gestão dele Eder Moraes e Eumar Novacki teriam agido em nome do ex-governador para “unificar as linhas de defesa” e solicitar ao empresário e delator Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, que “não mencionasse nada a respeito da pessoa de Blairo Maggi em seus depoimentos, com o objetivo claro de blindá-lo de quaisquer acusações”, diz trecho do documento.

Tais fatos foram relatados pelo por Júnior Mendonça, Genir Martelli e pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), tendo resultado, à época, na contratação, por todos eles, do advogado indicado por Blairo Maggi, Sebastião Monteiro.

 

2º fato criminoso


Conforme o Gazeta Digital já havia divulgado, a mudança de versão de Eder Moraes teria ocorrido mediante o pagamento de R$ 6 milhões, dos quais metade foi pago por Silval Barbosa e a outra metade por Blairo Maggi.
O segundo fato narrado pelo MPF consiste na ação de Maggi para “comprar” a retratação de Éder Moraes nos termos das declarações prestados ao Ministério Público Estadual (MPE), durante tratativas para firmar acordo de delação na Operação Ararath, em 2014.

Conforme delação premiada do ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cézar Corrêa Araújo, a parte que foi paga por Blairo teria sido entregue por Gustavo Capilé. Sílvio “recebeu no seu gabinete o empresário Gustavo Adolfo Capilé de Oliveira, que se apresentou como o responsável pelo pagamento da parte de Blairo Borges Maggi”, diz trecho dos autos.

Aponta o MPF que Eder Moraes Dias recebeu o dinheiro através do empresário Celson Luiz Duarte Bezerra, com envolvimento, na intermediação do repasse, da empresa Três Irmãos Engenharia, de propriedade dos irmãos Carlos, Carlos Eduardo e Marcelo Avalone, que emitiram cheques com valores “oriundos de ‘retornos’ devidos pelos contatos administrativos vinculados à Secretaria de Infraestrutura e Programa de Obras Petrobras”.

Após receber os R$ 6 milhões, Eder Moraes realmente mudou sua versão junto ao MPE, retirando a parte que incriminava Silval e Blairo. Por outro lado, Eder Moraes afirma que apenas mudou de versão porque, na primeira ocasião, teria agido “sob forte emoção” porque estava com raiva.

 

3º fato criminoso

O terceiro fato narrado por Rodrigo Janot ao ministro Luiz Fux é relativo à suspeita de que Blairo Maggi teria oferecido vantagem indevida a Silval Barbosa, quando este ainda estava preso no Centro de Custódia da Capital (CCC), e quando começou a surgir notícias de que estaria prestes a firmar acordo de delação premiada.

Blairo Maggi teria enviado seu suplente, o senador Cidinho Santos até o CCC para levar a Silval Barbosa a promessa de que a Operação Ararath seria anulada perante a Justiça federal caso desistisse da ideia de fazer delação, ou seja, o conselho para “evitar o caminho trilhado por José Geraldo Riva, que, segundo o senador, havia confessado crimes, e mesmo assim foi condenado a penas altas”, diz trecho do documento.

A conversa com Cidinho foi gravada por Silval Barbosa e entregue ao Ministério Público Federal em sua colaboração premiada. 

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