O senador Blairo Maggi (PR), presidente da Subcomissão de Acompanhamento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, defendeu nesta segunda (25) que o sistema Bus Rapid Transit BRT é o melhor para Cuiabá e Várzea Grande e cobrou do governador Silval Barbosa uma definição urgente. “Não dá para esperar mais. O governo precisa se decidir logo. Estamos atrasados”, disse ele. O republicano, enquanto governador, foi o principal articulador para que Cuiabá fosse eleita como cidade-sede.
Maggi disse que a polêmica não pode ser transformada numa questão política. “A decisão é técnica. O BRT já foi discutido, já tem projeto, já tem financiamento inclusive do Ministério das Cidades. Mudar agora para o VLT é ter que fazer novo projeto, buscar recursos. Isso significa atrasos e não podemos mais atrasar”, cobrou ele.
O senador, no entanto, disse que não levará essa polêmica para o âmbito da subcomissão da Copa. “Temos que ver a situação de Cuiabá como um todo, o conjunto. Essa é uma questão que o governo tem que resolver. Resolvido, vamos acompanhar. Mas precisa ser muito bem avaliado essa proposta de mudança quando as coisas já estão encaminhadas”, reiterou.
Perguntado sobre o que estaria motivando a insistência de alguns setores pelo projeto do VLT, Maggi disse considerar que é normal que outras propostas surjam. “Não vejo problemas. O que não pode é ficar nessa indefinição. O governo tem que tomar uma decisão”, reforçou.
Para o senador, a avaliação do governo tem que ser sobre “o que é mais viável para o bolso dos mato-grossenses”. Ele diz que não sabe dizer quais são as vantagens técnicas do BRT sobre o VLT, mas insistiu que, além de gerar atrasos, se já há um projeto em andamento, fazer outro seria prejudicial financeiramente.
A subcomissão realiza nesta terça (26) a segunda rodada de audiências com os gestores do evento nas cidades-sede e seus Estados. Serão ouvidos os responsáveis pelos eventos na Bahia e Ceará. Na quarta (27) a subcomissão receberá os representantes do Amazonas e do Rio Grande do Sul.
