Anestesistas e cirurgiões do SUS entram em greve hoje

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Duzentos profissionais da saúde, entre anestesistas e cirurgiões, responsáveis pela média mensal de mil cirurgias eletivas em Cuiabá entram em greve nesta terça-feira (26) por tempo indeterminado.

Todos atendem na rede conveniada do Sistema Único de Saúde (SUS), em cinco 5 hospitais de Cuiabá: Santa Helena, Santa Casa, Só Trauma, Bom Jesus e o hospital do câncer.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed), Ednaldo Lemos, explica que a reivindicação é o reajuste na ordem de 200% do Índice de Valorização de Qualidade (IVQ), criado em 2002 pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para complementar o valor das cirurgias tabeladas pelo SUS.

Na prática, são pagos R$ 200 mil mensais que são distribuídos aos profissionais da saúde, o que corresponde a suplemento salarial, em média, de R$ 1 mil.

"São anestesistas e cirurgiões que tratam de procedimentos referentes a hérnia, biópsia de câncer, cardíacas, ortopédicas e ginecológicas", explicou o sindicalista.

A paralisação da categoria foi aprovada em assembleia. Uma proposta de reajuste do IVQ é aguardada pelo sindicato para que as negociações sejam iniciadas. Enquanto não houver sinalização, os profissionais permanecerão de braços cruzados. "Esse pagamento está muito defasado e os profissionais não suportam mais essa situação", afirmou o presidente do Sindimed, Ednaldo Lemos.

Por outro lado, o Sindmed recuou da proposta de greve geral que seria deflagrada no Estado, pois aceitou a proposta referente ao PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Outro lado

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde divulgou a seguinte nota de esclarecimento:

A secretaria de Saúde de Cuiabá acredita que a reivindicação dos médicos sobre o reajuste do Índice de Valorização de Qualidade (IVQ) é justa, uma vez que o valor está defasado há anos.

Porém, reconheceu perante o Sindicato dos Médicos (Sindmed), durante reunião na semana passada, que não há recursos para fazer o aumento de forma emergencial, no momento.

A saúde, entretanto, fará um estudo técnico de viabilidade de recursos para realizar o reajuste de forma escalonada e segura sem impacto dos recursos alocados em outras áreas da Saúde.

A secretaria de Saúde garantiu ainda que irá continuar realizando os repasses para os pagamentos do IVQ em dia e está aberta ao diálogo de forma a resolver o impasse. 

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