PREJUÍZO MILIONÁRIO Estado avalia vender vagões do VLT, diz deputado

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Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investigou irregularidades nas obras da Copa do Mundo, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) declarou que uma cidade do país está interessada em adquirir parte dos 40 vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), adquiridos pelo valor de R$ 497,9 milhões na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e que estão em um desuso em um depósito no município de Várzea Grande.

A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (16) durante entrevista a rádio Capital FM.

“Tem um fato novo. Os vagões comprados a mais do que precisamos realmente, pelo governo Silval Barbosa (PMDB), tem uma cidade com interesse em comprá-los. Isso colocaria um montante de R$ 150 milhões no caixa da Secretaria de Cidades (Secid) para a reativação do processo de construção do VLT”, disse.

O parlamentar não citou nominalmente qual seria a cidade e tampouco a região do país interessada. Mas, é sabido que existe um projeto de VLT já concretizado no município do Rio de Janeiro. O modal de transporte também já está em uso no município de Santos (SP).

Em outubro do ano passado, o ex-secretário de Cidades Eduardo Chiletto declarou publicamente que a Prefeitura de Petrolina (PE) manifestou interesse na compra de vagões do VLT. Porém, a transação não se concretizou.

De acordo com o deputado Oscar Bezerra, se a transação de compra e venda dos vagões do VLT se concretizar, será possível injetar os R$ 150 milhões para concluir pelo menos um dos trechos do VLT em Cuiabá e Várzea Grande.

“Com os R$ 150 milhões, mais com o que já tem em caixa, mais com o que o governo terá que aportar, automaticamente, concluía-se pelo menos essa etapa de Várzea Grande/CPA, deixando a segunda linha Coxipó/Porto para depois”, afirmou.

Uma auditoria da KGM Consultoria encomendada na gestão do governador Pedro Taques (PSDB) identificou o excesso de vagões na compra do VLT.

O relatório identificou que foram comprados na gestão anterior oito composições do VLT sem necessidade, o que gerou prejuízo de R$ 120 milhões aos cofres públicos.

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