PF não tem pista sobre suposto “derrame” de R$ 8 milhões

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Uma semana depois do início da busca pelos R$ 8 milhões que teriam sido utilizados por um dos dois candidatos a prefeito de Cuiabá – Lúdio Cabral (PT) e Mauro Mendes (PSB) –, num suposto esquema de compra de votos, a Polícia Federal segue sem provas para comprovar, ou não, a materialidade da denúncia.

O delegado Cristiano Nascimento, responsável por conduzir a investigação, informou que ainda não possui elementos suficientes para dizer se a denúncia é inverídica ou se é verdadeira.

“Enquanto todas as linhas de investigação não forem esgotadas, não posso dizer nada. Não dá para afirmar que se trata de um ‘factóide’. Estaria sendo leviano se adiantasse algo. O que posso dizer, é que a investigação prossegue”, disse ele ao MidiaNews.

Ele explicou que a Polícia Federal juntou as informações recebidas pelo Ministério Público Federal, de que o dinheiro seria procedente de uma factoring, e da Ouvidoria do Tribunal Regional Eleitoral, para dar agilidade na investigação.

Mais detalhada, a denúncia encaminhada pela Ouvidoria dá conta que a quantia milionária, em espécie, chegou em Cuiabá por meio de um avião alugado, que teria aterrissado no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, duas semanas antes da eleição em segundo turno.

“Assim como existem aviões de pequeno porte que transportam grandes quantidades de entorpecente, é perfeitamente possível que uma aeronave consiga carregar essa quantia de dinheiro”, argumentou Nascimento. 

De acordo com o delegado, o tempo de duas semanas seria suficiente para a operacionalização da quantia milionária.

Segundo ele, até o momento, nove pessoas foram ouvidas, mas os nomes não podem ser revelados, pois a investigação segue em sigilo.

“Estamos checando todas as informações, indo atrás das empresas citadas, assim como dos locais, das pessoas, conferindo os dados do aluguel do avião. Não encontramos o dinheiro, mas estamos atrás de algum rastro”, completou.

Eleição legítima

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Rui Ramos, disse não ter dúvidas da legitimidade da eleição em Cuiabá, mesmo com as denúncias de compra de votos. 

Ramos, no entanto, não garantiu que o resultado da eleição esteja livre de sofrer qualquer alteração, por conta da investigação da Polícia Federal.

“Não tenho a menor possibilidade de te responder isso, nem no sentido afirmativo, nem no sentido negativo”, disse.

O desembargador contou que não tem conhecimento sobre o andamento da investigação da PF.

“O que eu sei é que está no início da apuração. Então, nós temos que aguardar”, afirmou.

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