Após ser alvo de investigação da Polícia Federal, que cumpriu mandado de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), no gabinete e na residência do juiz federal, Julier Sebastião da Silva, o magistrado encaminhou uma nota pública, se posicionando sobre o assunto, amplamente divulgado pela imprensa local.
Em nota, o magistrado disse que ficou surpreso e indignado com tal ação, e afirmou que não tem “qualquer ligação com atos tidos por irregularidades na referida apuração”.
Confira a nota na íntegra:
“Considerando notícias acerca da eventual presença do nome deste magistrado em episódios sujeitos à jurisdição do TRF/1ª Região, venho esclarecer que não mantenho qualquer ligação com atos tidos por irregulares na referida apuração. Até o momento, não tenho conhecimento sobre quais os fatos estão realmente sendo investigados naquela Corte. Sabe-se apenas da existência de diálogos de terceiros, os quais, por certo, não trazem qualquer participação deste em suposta infração. Por fim, reafirmo a confiança nas instituições envolvidas e a minha surpresa e indignação em face das notícias em questão, consignando que sempre pautei minha conduta pessoal e profissional com a mais absoluta ética e seriedade, como é do conhecimento de toda a sociedade mato-grossense”.
Atenciosamente.
Julier Sebastião da Silva
Juiz Federal
Operação Ararath :O juiz federal Julier Sebastião da Silva e o presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran), Gian Castrillon são 2 dos novos alvos da Polícia Federal. Nesta segunda-feira (25), agentes cumpriram 7 mandados de prisão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Gabinetes de Julier e Castrillon e a residência deles foram locais em que a PF esteve para recolher documentos.
Segundo a PF, os mandados foram expedidos em decorrência das investigações iniciadas com a operação “Ararath”, que apura crimes contra o sistema financeiro.
No último dia 12, a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e Nova Mutum. Segundo a assessoria da PF, o grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado. Eles tinham como base operacional a empresa Globo Fomento Mecantil, localizada em Várzea Grande, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012.