O senador Blairo Maggi (PR) e o ex-deputado federeal Carlos Abicalil (PT) estão em uma verdadeira 'saia justa' política em decorrência da reportagem da revista Veja, que chega no domingo (19) às bancas de todo o país, intitulada “A Confissão do Aloprado”, na qual um líder petista ‘revela quais foram os mentores e os arrecadadores dos recursos que financiariam uma das maiores fraudes eleitorais da história’.
“O Abicalil (ex-deputado federal e atual secretário) já tinha negociado com o Blairo Maggi para f…. a Serys e o Antero Paes de Barros. Pagaram R$ 2 milhões para incluir os dois (Serys e Antero) indevidamente na lista dos sanguessugas. Saiu uma reportagem antes da eleição que arrebentou os dois. O pessoal pensou assim: ‘agora só sair outro igual que arrebenta com Serra também’”, conta trecho da reportagem.
Na própria reportagem, através de sua assessoria, o senador negou qualquer envolvimento no caso. “Essa prática de divulgar dossiês nunca pertenceu ao meu estilo de trabalho”, diz resposta de Maggi a revista Veja.
Abicalil também negou e afirma que nunca elaborou dossiê contra quem quer que seja. “Nem sei que dossiê é esse. Nunca elaborei dossiê e nunca participei desse tipo de trama, nem hoje e nem no passado”.
A denúncia foi feita por Expedito Veloso, bancário e um dos acusados de montar e comprar o dossiê anti-tucano.
Ex-diretor de gestão de riscos do Banco do Brasil e atual secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Veloso integrou o núcleo central da campanha à reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006. E, segudo o pouco que as investigações conseguiram avançar, foi um dos encarregados de intermediar a montagem do dossiê com uma dupla de empresários corruptos de Mato Grosso.
À Polícia, o bancário admitiu sua participação no caso, mas alegou desconhecer os detalhes da operação. Contudo, em conversas com os petitas sustenta que o verdadeiro mentor, o principal beneficiário e um dos arrecadadores do dinheiro para montar toda a farsa foi o ex-senador e atual ministro de Ciências e Tecnologia, Aloísio Mercadante (PT).
Em outra revelação surpreendente, o bancário disse que a avaliação era que o dossiê poderia levar à disputa do segundo turno, porque na época o candidato ao governo pelo PSDB, José Serra, estava à frente do candidato petistas Aloísio Mercadante(PT), nas pesquisas.
De Brasília, o núcleo de inteligência do PT deu sinal verde para execussão do plano por intermédio de Valdebran Padilha, tesoureiro informal do PT em Mato Gorsso. O comitê paulista negociou diretamente com os empresário mato-grossenses Darcil e Luiz Antônio Vedoin, que cobraram R$ 1,7 milhão para falsificar documentos e conceder uma entrevista na qual acusariam José Serra (PSDB) de envolvimento com as fraudes no Ministério da Saúde.
Os Vedoins eram donos da Planam e foram acusados pela Polícia Federal de vender ambulâncias superfaturadas para centenas de municípios em todo o país.
Na reportagem, Serys confirmou que Expedito Veloso a procurou no ano passado e fez a confidência que tinha uma armação contra ela. “Ele (Veloso) disse que meu envolvimento com aqueles bandidos foi tudo armação criminosa contra mim patrocinada pelos meus colegas de partido”.
O ex-senador Antero Paes de Barros disse que sabia da fraude e avisou Serra da “patifaria” contra ele.