Diante da impossibilidade do atual prefeito Adalberto Diamante (PR) tentar a reeleição por já estar em seu segundo mandato consecutivo, novos e antigos nomes do quadro político municipal, começam a surgir nas rodas de discussão para a prefeitura de Marcelândia nas eleições do próximo ano.
Figuram entre os principais nomes como pré-candidatos, o ex-prefeito e Presidente do PMDB do Município João Cerqueira, a vice-prefeita Fátima Cerqueira e o Presidente da Câmara Edivan Vieira pelo PR, a esposa do ex-prefeito Geovane Marchetto, Rosemar pelo PSDB, e ainda pelo Grupo de Trabalho Marcelândia 100% Legal, Empresário Arnóbio de Andrade (PSD). No caso do GT, Arnóbio não assume a pré-candidatura, mas deve lançar candidato pelo grupo, o que provoca especulações de outros nomes como do Presidente da Associação dos Madeireiros Algacir Fistarol e do Presidente do Sindicato Rural Agenor Andrade que é filho de Arnóbio.
Sem indicadores oficiais registrados desde a última eleição, não é possível afirmar quem figura melhor no cenário atual, mas certamente o nome mais lembrado atualmente é de Rosemar, devido ter sido candidata na última eleição pela oposição e perdendo por pequena margem de votos. Rosemar tem ainda a vantagem de figurar sozinha entre nomes de oposição ao atual prefeito. Os demais nomes, ou estão ou fizeram parte do grupo que elegeu Diamante ao comando do município. Essa vantagem pode ser zerada se no “fritar dos ovos”, os demais pré-candidatos se unirem numa candidatura única.
João Cerqueira tem sido visto visitando famílias antigas e conversando com lideranças visando análise da viabilidade de uma possível campanha, e tem se mostrado animado com a receptividade. Da mesma forma tem buscando apoio no Estado de membros de seu partido, especialmente do Presidente da sigla e seu aliado político de longa data, Dep. Federal Carlos Bezerra. Nesse final de semana, estará recebendo no município, 03 dos principais ícones do partido no cenário estadual, a saber: os Deputados Estaduais Baiano Filho e Nilson Santos, juntamente com o Prefeito de Sinop Juarez Costa. Os parlamentares estaduais estarão anunciando obras para o município, mas há a expectativa de anuncio da pré-candidatura de Cerqueira para voltar ao comando do executivo municipal.
O evento, porém, terá uma particularidade. Comandado pelo Prefeito Adalberto, contará com a presença de outros 02 pretensos candidatos. O Presidente da Câmara Edivan e a vice-prefeita Fátima Cerqueira, ambos do PR. Em particular, a pretensão da vice-prefeita Fátima tem a simpatia do Deputado Baiano Filho, que tem na figura da vice, uma das principais aliadas política na cidade, e numa ocasião de candidatura, terá certamente seu apoio.
Embora no momento ninguém assuma, é voz corrente entre os conhecedores da política local, que isso não é problema, pois é grande a possibilidade de união em torno da candidatura mais viável formando bloco único para a disputa, visando o bem maior do grupo.
Breve relato do histórico político de João Cerqueira.
A história política de João Cerqueira se confunde com a própria história política do município, participando ativamente das eleições no município desde sua emancipação em 1986:
Na época militava no PMDB contra o grupo político ligado a Colonizadora Maiká seu eterno desafeto político. Seu grupo venceu a eleição de 1986 com a vitória de Paulo Ribeiro para o mandato “tampão” 1987/1988, derrotando o candidato da Colonizadora, Geraldo Lombardi (na época no PFL).
Na eleição seguinte, numa disputa de 04 candidatos, saiu dos bastidores e disputou sem sucesso a prefeitura municipal de 1988, sendo derrotado por Geraldo Lombardi para o mandato 1989/ 1992.
Em 1994, disputou novamente a prefeitura e venceu, governando o município na gestão 1993/1996.
Em 1996, comandou a eleição e fez de seu então secretário de administração e vereador Calango seu sucessor na famosa eleição contra 03 doutores. Dr. Bianchini (advogado e colonizador da cidade), Dr. Carlos Casula (médico) e Dr. Severino Rezende (dentista).
Após romper com seu afilhado político Calango, Cerqueira tentou destronar seu ex-companheiro de política e retornar a prefeitura na eleição seguinte (2000). Saiu derrotado. O mestre foi superado pelo discípulo.
Em 2004, foi eleito como 2º. Vereador mais votado e presidiu o parlamento municipal no biênio 2005/2006.
Na eleição de 2008, participou da coordenação da campanha de reeleição do prefeito Adalberto, mas dessa vez renunciou a candidatura de vereador em beneficio de outros companheiros do grupo.
Segundo ele mesmo diz, pretendia sair da vida política, mas o chamado da sociedade e de seus companheiros reacendeu sua paixão pela vida pública e busca mais uma vez viabilizar a possibilidade de voltar a comandar o município.