Na base do tudo ou nada, Mendes e Wilson partem para ataque a Silval

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 Fernando Ordakowski

Candidatos oposicionistas Mauro Mendes e Wilson Santos adotam a estratégia do ataque e sonham com 2º turno

   Como uma das últimas cartadas na campanha para tentar reverter desvantagem nas intenções de voto, os candidatos a governador Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB) decidiram intensificar críticas, ataques e denúncias contra a administração. A praticamente 10 dias das eleições, o momento é do tudo ou não. A intenção é atrair eleitores indecisos e ao menos empurrar a disputa para o segundo turno. O governador Silval Barbosa (PMDB), líder nas pesquisas, se transformou em saco de pancada. Se for reeleito, chegará "sangrando" no Palácio Paiaguás.

   Nas últimas duas semanas, Mendes passou a fazer uma campanha mais agressiva. Nas entrevistas, debates e no horário eleitoral, busca preservar a figura do ex-governador Blairo Maggi, de quem é amigo e com quem militou no PPS e PR, para separá-lo do sucessor. Já contra Silval dispara a metralhadora verbal. Carimba-o como gestor incompetente, expõe números negativos na saúde, segurança pública e educação e instiga o principal adversário até sobre o período em que foi prefeito de Matupá, no início dos anos 1990, e sobre a passagem pela Assembleia Legislativa, onde foi presidente e primeiro-secretário da Mesa.

   No dabete da TV Record, por exemplo, Mendes, que se mostra mais empolgado porque cresceu nas pesquisas e se consolidou em segundo lugar, questionou Silval o tempo todo. O escândalo do maquinário também é lembrado constantemente. A campanha do candidato do PSB levou para as ruas um veículo Pampa, com grade na carroceira, simbolizando cadeia e, dentro dela máquinas de brinquedo, tudo para lembrar o esquema de superfaturamento em R$ 44 milhões de agentes do governo na compra do maquinário. 

   Wilson segue a mesma linha. Bate na gestão Silval o tempo todo. Denunciou o que chama de novo escândalo o fato do governo Maggi ter concedido perdão de R$ 185 milhões em multa à empresa Fertipar. Recorre a números que depõe contra o governo e vincula Silval a velhas raposas da política, tudo para provocar desgaste na imagem do candidato situacionista. Até 3 de outubro, novas denúncias vão surgir. Por enquanto, mesmo baleado, Silval se manter de pé. Ele tem a força da máquina estatal.

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