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Karla Cecília de Oliveira Cintra virou réu na ação penal que originou a Operação Sodoma devido a evolução patrimonial que obteve ao logo de sua função como secretária de Pedro Nadaf na Federação do Comércio (Fecomércio-MT).
Ela declarou em juízo ser dona de 4 imóveis, fato que intriga ao Ministério Público Estadual. De acordo com a promotora de justiça, Ana Cristina Bardusco, ficou claro que o salário de Karla Cintra é incompatível com os bens que possui. “Vendo tudo o que ela declarou é estranho. Por isso mesmo ela está como investigada e possível integrante desta organização”, aponta.
Além dos imóveis, houve uma movimentação financeira muito frequente na conta bancária de Karla Cintra. No último depoimento na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ela alega que Pedro Nadaf realizava depósitos com frequência para que fossem efetuados pagamentos de cartões de créditos, seguros, serviços bancários e outros. Para realizar serviços extras ao ex-chefe da Casa Civil, recebia R$ 3 mil além do salário de secretária da Federação.
Quanto aos recebimentos de cheques do Grupo Tractor Parts do empresário João Rosa, delator do esquema de fraude, Karla alega que os valores seriam referentes a férias vencidas e outros direitos trabalhistas. “Nunca tirei férias e cheguei a fazer um acerto com Pedro em 2013. Quase 10 anos de serviços pessoais prestados, recebi cerca de R$ 50 mil em cheques. Acredito que todos os cheques eram de João Rosa. Eram cheques com valores pequenos, todos menos de R$ 5 mil”, disse em depoimento.
Conforme o MP, foram mais de R$ 80 mil em cheques depositados na conta de Karla Sintra que alegou jamais indagar Pedro Nadaf quanto aos valores dos depósitos em sua conta.
