Ministério da Agricultura interrompe exportação de frango de 3 frigoríficos da BRF

Data:

Compartilhar:


Em nota, a BRF argumenta que a investigação da Polícia Federal não trata de algo que possa causar dano à saúde pública.© Paulo Whitaker / Reuters Em nota, a BRF argumenta que a investigação da Polícia Federal não trata de algo que possa causar dano à saúde pública.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento paralisou a exportação de frangodos frigoríficos Mineiros (GO), Rio Verde (GO) e Carambeí (PR) – 3 estabelecimentos da BRF envolvidos na Operação Trapaça.

Em nota, a pasta pontuou que as exportações foram suspensas para países que “exigem requisitos sanitários específicos de controle e tipificação de Salmonella spp“.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a comercialização foi interrompida para 12 destinos, como a União Europeia, o Vietnã, a Coreia do Sul e Israel.

Nesses países o percentual aceito de Salmonella spp é inferior ao tolerado no Brasil (20%). A operação investiga justamente a fraude em laudos e processos que tinham como objetivo impedir que o Ministério da Agricultura fiscalizasse a qualidade do processo industrial da BRF.

“As investigações demonstraram que 5 laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e setores de análises de determinado grupo empresarial fraudavam resultados de exames em amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal dados fictícios em laudos e planilhas técnicos”, diz a nota divulgada pela PF.

Sem riscos à saúde

Embora pareça nociva, é normal que a Salmonella spp esteja presente em carne de aves. O microorganismo, no entanto, é destruído quando o produto é submetido a altas temperaturas, seja frito ou cozido.

A ressalva é feita tanto pelo ministério quanto pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e pela própria BRF.

Em entrevista coletiva, o coordenador-geral do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do ministério, Alexandre Campos da Silva, destacou que dos mais de 2 mil tipos de salmonela apenas 2 são prejudiciais à saúde pública e outros 2 à saúde animal.

Segundo ele, nenhum dos que oferecem risco foram encontrados.

“Ao consumidor, é importante esclarecer: não há riscos! A investigação se relaciona com as análises de presença do grupo de Salmonela spp, que são destruídas durante o cozimento dos alimentos”, diz a Associação Brasileira de Proteína Animal, em nota.

A BRF se defendeu das acusações e argumentou que a investigação da Polícia Federal não trata de algo que possa causar dano à saúde pública.

A empresa também é investigada pela prática de adulterar a rastreabilidade do composto Premix, utilizado como complemento vitamínico e mineral às rações fabricadas pela empresa, seja por inserir componentes não permitidos, seja por alterar as porcentagens dos componentes indicadas nas etiquetas. Sobre esse fato, a BRF diz que os processos de produção do Premix seguem normas técnicas nacionais e internacionais.

“Pela rastreabilidade do produto, é possível identificar tudo o que foi incluído no Premix, suas concentrações, origem e destino. Para cada fase da vida do animal, existe uma composição diferente de Premix”. A BRF alega que os e-mails revelados pela investigação são de 3 anos atrás e o teor das mensagens está sendo investigado pela empresa.

(Com Agência Brasil)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas

PC ALERTA SOBRE GOLPE EM ANUNCIO DE VENDA DE CARROS PELA INTERNET

https://www.youtube.com/watch?v=_rCSh1yO0Ug

PRAZO PARA REGULARIZAÇÃO DO TÍTULO ELEITORAL E ATÉ DIA 08 DE MAIO.

Veja a reportagem completa em vídeo, entrevista com o coordenador do cartório eleitoral em Colíder. https://www.youtube.com/watch?v=4dAKqynzOuo