Mendes deixa PSB neste semestre e já é disputado por várias siglas

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Fernando Ordakowski

Mauro Mendes    O empresário Mauro Mendes, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e candidato derrotado nas eleições de 2008, para prefeito de Cuiabá, e de 2010, para o governo do Estado, deve deixar o PSB ainda este semestre. Com estilo discreto, Mendes prefere não polemizar. Confirma que recebeu convite de diversas siglas.

    O fato é que Mendes vai mesmo deixar a sigla socialista. Seu destino partidário ainda não está definido, mas os partidos que mais lhe simpatizam são o PDT, PPS, PT e PMDB, embora não esteja descartada a possibilidade de ele retornar ao seu berço partidário, o PR. A decisão deve obedecer aos prazos do calendário eleitoral. Mesmo assim, ele desconversa sobre a possibilidade de tentar novamente a Prefeitura de Cuiabá em 2012. “Acho que está longe para discutir isso. Em princípio não tenho pretensão”, garantiu.

   A legislação eleitoral para 2012 ainda não foi sequer discutida pelo Congresso Nacional, contudo é tradição a lei prever a filiação partidária um ano antes das eleições. Ou seja, Mendes tem até outubro deste ano para resolver seu destino partidário e a tendência é que ele "enrole" até o último momento, assim como fez quando deixou o PR e filiou-se ao PSB. “Quando se disputa e perde duas eleições seguidas, mesmo tendo um bom desempenho, é melhor refletir muito”, disse.

   Ele garante, no entanto, que sua possível saída da sigla não socialista nada tem a ver com sua relação "nada amigável" com o presidente regional do diretório, deputado federal Valtenir Pereira. “Minha relação com ele sempre foi boa”, acrescentou. Para Mendes, as brigas e troca de farpas que Valtenir não faz questão alguma de esconder “depende de que ângulo as pessoas enxergaram”.

   O fato, entretanto, é que a candidatura de Mendes esteve constantemente ameaçada na pré-campanha pelas movimentações de Valtenir, que sentia que uma candidatura própria e uma chapa no âmbito da aliança com o PDT e o PPS pudesse ameaçar a sua reeleição. Assim, Valtenir não mediu esforços para tentar levar o seu PSB para os braços da aliança que elegeu o governador Silval Barbosa (PMDB). Deste e outros episódios impublicáveis originou uma defecção entre ambos que alguns analisam como irremediável.

   Para continuar no PSB e ter vez, voz e voto, Mendes teria que fazer um trabalho de composição partidária que passa por trabalho interno e externamente, construindo seu espaço. Se assim o fizer, vai trombar com Valtenir, que controla com afinco a sigla. O projeto de 2012, por exemplo, já está completamente desenhado por ele e não há indícios de que Mendes esteja nos seus planos.

   Enquanto isso, o empresário já recebeu o convite do DEM, do PDT, do PPS e do PT, mas rechaçou fechar com os democratas. “Tenho no DEM grandes amigos e muito me honra o convite. Mas não aceitei. Entre ser convidado e aceitar tem um grande diferença”, afirmou. Quantos aos demais convites, não foi tão específico. Ao que tudo indica, Mauro Mendes é mesmo a noiva da vez.

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