
Após fazerem o “enterro simbólico do PT” e queimarem caixão com a bandeira do partido, os manifestantes de Brasília desligaram a música que tocava nos trios elétricos e começaram a se dispersar. Alguns disseram que preferem ir embora antes da chuva forte que parece estar prestes a cair na área central da cidade, onde eles estão concentrados.
Rodrigo Vasconcelos |
No começo da manifestação na Esplanada dos Ministérios, no centro de Brasília, marcada para às 10h deste domingo (13), poucas pessoas haviam chegado para o protesto que pede o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Apenas 80 pessoas estavam no local. Agora, no final da manhã, a PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) confirmou um aumento no número de manifestantes: aproximadamente 6 mil pessoas, que já começam a sair do local.
Os policiais militares montaram um esquema de segurança que fechou o trânsito na área central de Brasília, com barreiras para revistar bolsos e mochilas dos manifestantes em vários pontos da Esplanada. A PM não tem expectativa de quantas pessoas devem chegar ao longo do dia, mas conforme o movimento aumentar, a corporação reforçará o número de policiais no local.
A manifestação deste domingo é a primeira desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu o pedido de impeachment de Dilma, no dia 2 de dezembro, baseado em decretos editados pela presidente que liberaram créditos extraordinários em 2015 sem autorização do Congresso, o que pode configurar crime de responsabilidade.
O impeachment motiva protestos em 90 cidades neste domingo. A defesa do governo afirma que o pedido de impeachment traz um artifício jurídico para criminalizar a conduta da presidente, sobre temas que ainda não foram julgados, como as contas de 2014 e 2015.