A força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná informou nesta terça-feira (1º.09) que o procurador Deltan Dallagnol vai deixar o comando das investigações
após seis anos no cargo. De acordo com nota divulgada à imprensa, Deltan vai se
afastar por questões de saúde em sua família.
A vaga de Deltan será ocupada pelo procurador da República
Alessandro José Fernandes de Oliveira, que tem atuação no combate ao crime
organizado.
No comunicado distribuído à imprensa, o Ministério Público
Federal (MPF) afirma que Deltan Dallagnol contribuiu para o combate à corrupção
e garante que o trabalho da força-tarefa seguirá da “mesma forma como nos
últimos anos”.
“Por todo esse período, enquanto coordenador dos trabalhos,
Dallagnol desempenhou com retidão, denodo, esmero e abnegação suas funções,
reunindo raras qualidades técnicas e pessoais. A liderança exercida foi
fundamental para todos os resultados que a Operação Lava Jato alcançou, e os
valores que inspirou certamente continuarão a nortear a atuação dos demais
membros da força-tarefa, que prosseguem no caso”, diz a nota.
Em publicação no Twitter, Dallagnol comentou o assunto: “Sim,
é verdade que estou de saída da coordenação da Lava Jato. É uma decisão
difícil, mas o certo a fazer por minha família. Continuarei a lutar contra a
corrupção como procurador e como cidadão. A Lava Jato tem muito a fazer e
precisa do seu e meu apoio.”
A saída de Deltan Dallagnol do cargo ocorre no momento
em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, deve decidir sobre a
prorrogação dos trabalhos da força-tarefa e após o Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) ter arquivado um pedido de providências protocolado
pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o procurador e
outros integrantes das investigações.
Fonte: EBC