Juíza manda afastar diretora e agente do Complexo Pomeri

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A juíza da 6ª Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro Araújo, determinou, em caráter liminar, o afastamento da diretora do Complexo Pomeri, Maria Gizelda da Silva, e do gerente de internação masculina, Urias Avelino Dantas.

A liminar foi pedida pelo delegado da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), Paulo Araújo, após apontar indícios de que ambos estariam dificultando as investigações que apuram denúncias de tortura de internos, no complexo destinado ao atendimento a menores infratores, no bairro Carumbé.

No inquérito, instaurado no dia 20 de outubro passado, mais de 20 pessoas foram ouvidas.

Segundo o delegado, as investigações começaram após um adolescente de 14 anos, morador de Cáceres (225 km a Oeste da Capital), que cumpria atividades socioeducativas no Pomeri, ter relatado ao pai dele que, dentro da unidade, ocorreria um esquema de "rodízio" de abusos dos adolescentes maiores contra os menores.

Diante da situação, o pai procurou a psicóloga para fazer a denúncia, assim com também a agentes educadores e técnicos que atuam dentro da unidade. 

Os policiais descobriram que os suspeitos do abuso ficaram sabendo da denúncia e estupraram o garoto delator.

Conforme os depoimentos dos menores, um agente educador conhecido como “Volverine” é apontado como sendo a pessoa que teria aberto as celas para que vários garotos se juntassem aos suspeitos e abusassem de um grupo de adolescentes. 

Para o delegado Paulo Araújo, o mais grave é que dois menores relataram que ninguém teria tomado uma providência para acabar com o suposto estupro coletivo. O inquérito foi concluido no dia 23 de novembro.

Diante da situação, o delegado pediu ainda a prisão preventiva de cinco agentes monitores, sendo que o Ministério Público Estadual (MPE) deu parecer favorável ao pedido. 

A juíza ainda não analisou esse pedido. A magistrada solicitou informações da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) sobre a denúncia.

Outro lado

A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não foi notificada da decisão judicial.

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