O Governo do Estado aditou por mais 180 o prazo para a conclusão das obras iniciadas para a Copa do Mundo de 2014 por parte das empresas e consórcios responsáveis. A publicação saiu no Diário Oficial do Estado que circula nesta quarta-feira (08). O termo também oficializou a subrogação de 20 convênios, que pertenciam à extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e agora estão sob responsabilidade da Secretaria de Cidades (Secid).
Entre os contratos transferidos estão os dois Centros de Oficiais de Treinamentos (COTs), da UFMT e Barra do Pari, em Várzea Grande; o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, Arena Pantanal e ainda a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Apesar da definição do prazo de seis meses para a conclusão dos trabalhos, a Secretaria de Cidades não descarta uma nova prorrogação. A conclusão das auditorias físicas e contratuais realizadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE), em todos os contratos da Copa; o aporte de recursos financeiros e ainda o fim do período das chuvas, são alguns dos obstáculos para a definitiva conclusão das obras.
Por esta razão, o canteiro de obras, instalado em Cuiabá e Várzea Grande, ainda levará algum tempo para deixar de fazer parte do cenário da região metropolitana do Estado. A finalização das construções será realizada de forma gradativa, ou seja, de acordo com a liberação da obra por parte da Corregedoria e disponibilidade de recursos nos cofres do Governo.
De acordo com o corregedor-geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, além do VLT, atualmente o órgão realiza auditoria de seis contratos da Copa. Até o momento, o levantamento envolvendo o VLT tem sobrecarregado os trabalhos da Corregedoria, que no mês de março apresentou um relatório técnico da situação física do modal. A segunda fase de auditoria nos contratos do VLT, que avaliará a questão financeira, será iniciada neste mês.
Questão financeira – A gestão do governo Pedro Taques (PDT) começou em meio a uma crise financeira que foi revelada já no primeiro dia. Na ocasião, foram identificados apenas R$ 84 mil na Conta Única, deixados pelo governo anterior, e uma dívida de R$ 6,5 bilhões em restos a pagar.
O desafio por um equilíbrio fiscal também é grande, pois o Estado de Mato Grosso segue com o gasto de R$ 2 bilhões maior do que arrecadação. Uma das medidas para levantar recursos é a revisão de todos os contratos com o objetivo de reduzir despesas.