Grupos pró-impeachment comemoram decisão e evitam criticar Cunha

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Poucos minutos depois de o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, fogos de artifício foram queimados em diferentes regiões da capital paulista. Na zona sul, os estampidos foram esparsos, enquanto na zona oeste, em Pinheiros, o barulho foi mais intenso. O clima festivo era claro entre os movimentos que organizaram manifestações contra Dilma ao longo do ano de 2015.

– Estávamos com o kit festa preparado – afirmou Renan Santos, um dos líderes do Movimento Brasil Livre, que conclamava eleitores insatisfeitos com Dilma a comemorar o início do processo de impedimento na Avenida Paulista, “como se o nosso time de futebol tivesse ganhando o campeonato”. Santos, no entanto, disse que não deve haver carro de som na rua, como nas manifestações anteriores contra o governo, mas que espera reunir um grande número de pessoas no cartão postal.

– Nós já sabíamos que isso aconteceria, estávamos assistindo a um jogo de chantagem entre Cunha e PT. Uma hora esse jogo ia colapsar, como aconteceu. E quem ganha é o Brasil, é um presente de Natal para o Brasil – disse Renan.

Outro dos que irá comemorar a decisão de Cunha na Paulista é Rogério Chequer, porta-voz do Vem pra Rua, que se disse “muito animado” com o início do processo.

– Esse é um dia histórico porque finalmente um pedido que vem da população está sendo atendido.

Os movimentos contra Dilma evitaram se posicionar claramente sobre a situação de Eduardo Cunha, acusado repetidas vezes de ter recebido propina no âmbito da Operação Lava-Jato. Para Chequer, embora pesem acusações contra Cunha ele ainda é presidente da Câmara e, portanto, ainda tem competência para tomar a decisão.

– Infelizmente, é por um motivo de barganha, mas ele é presidente da Câmara e isso é prerrogativa dele. Esse pedido não veio de políticos, veio de um clamor popular e é isso o que importa.

Já Santos, do MBL, não quis discutir a legitimidade de Cunha:

– Queremos que o Cunha saia, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra – desconversou.

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