Frequentadores de swing têm mais chance de contrair DSTs do que prostitutas

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As prostitutas têm as menores taxas de DST; héteros, gays e "swingers" estão mais expostos a essas doenças

 
Pesquisadores holandeses descobriram que os praticantes de swing têm mais chance de contrair uma DST (Doença Sexualmente Ttransmissível) do que as prostitutas. O estudo, publicado no British Medical Journal, mostrou ainda que os "swingers" mais velhos, com idade superior a 45 anos, são os mais vulneráveis a essas doenças e também os mais ignorados pelos serviços de saúde.

 

Os clubes de swing são geralmente festas em que casais héteros fazem sexo com outros casais, mas com os parceiros trocados. De acordo com Anne-Marie Niekamp, da Universidade de Maastricht e uma das autoras do estudo, embora não haja estimativas certas, existem milhões desses praticantes ao redor do mundo.

Por essa razão, os cientistas dizem que, por não receber a devida atenção dos serviços de saúde, esse grupo poderia representar uma ponte entre as DST’s e o restante da população.

Anne-Marie conta que o agravante da situação é que, enquanto outros grupos de risco, como os jovens, gays e prostitutas, são facilmente alvos das campanhas de saúde, os praticantes de swing estão geralmente escondidos na sociedade.

– É muito difícil alcançá-los, porque eles estão escondidos e muitas vezes estigmatizados. Isso impede que eles busquem um teste de DST ou um tratamento.

Faltam campanhas de saúde focada nos "swingers"

O estudo holandês analisou os pacientes que buscaram três clínicas de saúde sexual na Holanda durante os anos de 2007 e 2008, época em que os hospitais começaram a perguntar os pacientes se eles eram praticantes de swing para controlar a transmissão de doenças dentro desse grupo.

 

 

 

Durante o período do estudo e após quase 9.000 consultas, foi descoberto que uma a cada nove pessoas eram swingers, com uma idade média de 43 anos.

 

Ao avaliar a quantidade de pessoas que possuíam gonorreia ou clamídia, a pesquisa descobriu que, enquanto essas doenças estavam presentes em 10% dos heterossexuais, 14% dos homens gays e quase 5% das prostitutas, entre os “swingers” a taxa era de 10,4%, sendo que as mulheres praticantes eram mais atingidas do que os homens.

A clamídia é a DST mais comum entre as mulheres, sendo que em 70% dos casos não existem sintomas. Essa infecção bacteriana pode causar inflamações na região da pélvis, problemas na gravidez e infertilidade. Gonorreia é outra infecção bacteriana que pode causar infertilidade se não for tratada.

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