Fim de impasse nos Estados Unidos é alívio para o mundo, diz Mantega

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Senado dos EUA anunciou nesta quarta (16) acordo para elevação do teto da dívida americana.

Agência Brasil

O fechamento de um acordo no Senado norte-americano para aumentar temporariamente o teto da dívida pública e desbloquear o Orçamento dos Estados Unidos representa um alívio para a economia global, disse nesta quarta-feira (16) o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo ele, o fim da paralisação da administração pública nos Estados Unidos impediu que a recuperação da atividade econômica em todo o mundo seja ameaçada.

— A economia mundial está em recuperação. Estamos indo até razoavelmente bem, e uma medida dessa natureza [bloqueio do Orçamento e calote da dívida pública norte-americana] poderia emperrar esse processo. Isso cria uma sensação de insegurança, desconfiança e, portanto, prejudica os negócios de modo geral.


Mantega ressaltou que a instabilidade no sistema financeiro nos últimos dias pode ter prejudicado a emissão de títulos por empresas brasileiras que queiram captar recursos no exterior.

— O governo não fez nenhuma emissão [no mercado internacional], mas imagino que algumas empresas privadas tenham sido prejudicadas porque o mercado ficou um pouco nervoso enquanto a questão não foi resolvida.


O ministro classificou o acordo final de intermediário.

— Acredito numa resolução, mas não exatamente o que o governo americano gostaria, mas alguma coisa intermediária. Eles vão ganhar um fôlego intermediário e continuar empurrando essa questão por algum tempo.


No início da tarde de hoje, o Senado dos Estados Unidos anunciou um acordo para encerrar o impasse que paralisava a administração pública do país desde o início do mês. O texto prevê a elevação do teto da dívida americana até pelo menos o próximo dia 7 de fevereiro e a reabertura dos serviços públicos até 15 de janeiro. O acordo precisa ser aprovado pelos deputados e senadores norte-americanos até a meia-noite (hora local, 1h em Brasília) para entrar em vigor.

O ministro também comentou sobre o dólar, que está em R$ 2,17 e registrou a menor cotação desde junho. Segundo ele, a queda do dólar representa um sinal de que não está abalada a confiança dos investidores internacionais no Brasil.

— Isso [a queda do dólar] é um testemunho de segurança, de confiança. Significa que está entrando um pouco mais de recurso no país.

Mantega, no entanto, não descartou a possibilidade de a moeda norte-americana subir novamente, caso haja novas instabilidades no sistema financeiro internacional.

— O dólar é flutuante no Brasil. Então temos de admitir que ele flutue tanto para cima quanto para baixo.

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