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O promotor de Justiça Marcos Reginold Fernandes foi afastado temporariamente das funções que exercia no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). O pedido partiu do próprio promotor de Justiça e foi deferido pelo procurador geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado.
De acordo com o MPE, a medida visa assegurar imparcialidade, transparência e impessoalidade na apuração dos fatos referentes a quinta fase da operação Ararath. Consta na decisão do procurador-geral de Justiça, encaminhamento à Corregedoria Geral do Ministério Público para que sejam adotadas as medidas para apuração dos fatos em toda à sua extensão.
Nesta quinta-feira (22), a Corregedoria Geral do Ministério Público instaurou sindicância para apurar a conduta de Regenold, citado na Operação Ararath.
“Trata-se de investigação preliminar, sem caráter acusatório, que visa apurar a existência de fatos que possam constituir infrações disciplinares e/ou anomalias nos serviços do Ministério Público”, explicou o corregedor-geral, procurador de Justiça Mauro Viveiros.
Segundo ele, durante a investigação serão levantados os fatos e as circunstâncias que culminaram na busca e apreensão realizada no Gaeco. “Foi uma situação inusitada, verdadeiramente surpreendente, em que a polícia entrou em um órgão de investigação do Ministério Público e apreendeu documentos que, aparentemente, pertenciam a investigação criminal realizada pelo próprio Gaeco”, destacou.
O prazo para conclusão da sindicância, segundo ele, é de 45 dias, podendo ser prorrogável pelo mesmo período.
Foto: Pedro Alves / Mídia News