Eder Moraes faz chantagem velada a Silva e Blairo Maggi

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Marcos Lemos/GD


CHICO FERREIRA

Senador Blairo Maggi e o governador Silval Barbosa  

Tido e reconhecido como polêmico e sem travas na língua, o que aguça o mun­do político principalmente em ano eleitoral, o ex-secre­tário nos Governos BlairoMaggi (PR) – 2003 a 2010 eSilval Barbosa (PMDB), Eder Moraes, fez uma chan­tagem velada ao senador e ao atual chefe do Executi­vo, depois de ter sido alvo da quarta etapa da Opera­ção Ararath, desencadeada ontem (19) pela Polícia Fe­deral.

Cobrando solidariedade de ambos, Eder disparou a seguinte declaração: “se não forem solidários comi­go, que respondam pela ig­norância e pela indelicade­za. Se é na base do salve-se quem puder, então vamos lá… Não tem, problema”, Eder assegurou estar cha­teado por passar pelo cons­trangimento de ter sua resi­dência e seus negócios in­vestigados e documentos e computadores apreendidos pela Polícia Federal nas primeiras horas do dia de ontem em um novo episódio da Operação Ararath, que se arrasta desde outubro passado.

“Nenhum telefonema de solidariedade por parte do governador Silval Barbosa e do senador Blairo Maggi,
aos quais servi durante 12 anos. Isto chateia”, reclamou o ex-secretário e apre­sentador de televisão, que
nos últimos dias se colocou como pré-candidato a uma vaga de deputado estadual e chegou a fazer ilações de que estariam tentando pre­ judicá-lo na sua nova em­ preitada político-partidária.

Sempre cobrando solida­riedade e companheirismo,Eder Moraes em determinado momento em que alardeava não ter nada a temer,tanto que foi a sede da Polícia Federal espontanea­mente e sem advogado, admitiu ter extrapolado nas suas declarações, principal­mente quando perguntado se estava mandando recado para aqueles de quem co­brava solidariedade. “Ninguém me ligou para saber se eu estava bem, ou precisava de algo ou de advoga­do”, retrucou o ex-secretá­rio de Fazenda, da Casa Ci­vil e da Secopa.

Marcus Vaillant

Eder Moraes 

Menos irritado, Eder admi­tiu ter realizado um negócio envolvendo um posto de ga­solina, o Santa Carmen,com o empresário Júnior Mendonça, de quem alega ser amigo pessoal. “Era um fundo de comércio, uma es­pécie de concessão, onde não houve transação financeira, apenas o repasse do passivo”.

Convicto de que não deve nada, o ex-secretário se co­locou a disposição da polícia.“Não vou me esconder. Vou enfrentar. Não devonada e não tenho o que te­mer. Na verdade que tem que ter dor de barriga com
essa operação não sou eu”,disse, mais uma vez em tom de ameaça.

As assessorias de imprensa do governador Silval Barbosa (PMDB) e do senador Blairo Maggi (PR) informaram que ambos não iriam se manifestar a respeito das declarações do ex-secretá­rio, em que pese os comen­tários nos meios políticos de que as declarações afetam a imagem de ambos os polí­ticos.

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