A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da renúncia e sonegação fiscal analisa a possibilidade de convocar para oitiva os ex-governadores Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), que prestariam esclarecimentos acerca da concessão de incentivos fiscais em Mato Grosso.
Os requerimentos chegaram a ser sugeridos durante a reunião realizada ontem, mas, segundo o presidente da CPI, o deputado estadual José Carlos do Pátio (SD), tiveram a apreciação adiada. “Os deputados membros preferiram que nós terminássemos essas oitivas já aprovadas para daí pensar nas próximas estratégias”, explicou.
Nesta quinta-feira (28), a CPI ouviu o servidor da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) Sérgio Pascolini Romani, que confirmou parte do que a também servidora Teresinha Cintra Paes de Barros já havia afirmado no dia anterior.
Romani contestou, todavia, os dados da auditoria feita pela Controladoria Geral do Estado (CGE) em 20 processos que resultaram na concessão de benefícios a empresas. Segundo ele, a CGE teve uma interpretação diferente da lei do que a que tinham os responsáveis pela aprovação deste incentivos, por isso, considerou que todos os casos analisados continham irregularidades.
“Se eu disse que 100% dos processos está correto, ninguém acreditaria. Então dizer que 100% está errado também é um pouquinho difícil. Respeito a opinião da auditoria, mas às vezes existe uma divergência de interpretação. Falhas existem, como existem em qualquer lugar. Eu duvido que alguma secretaria seja 100% correta. Mas a equipe sempre procurou se manter dentro daquilo que é estabelecido nos regulamentos”, defendeu.
