Com 1 milhão de hectares do Pantanal destruído pelo fogo, secretária nega falha do Estado

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Com incêndios destruindo cerca de 1 milhão de hectares do Pantanal, a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, disse que não houve falha do governo Estadual nas ações de prevenção e combate de queimadas no Estado.

 

Durante a posse da nova diretoria do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) nesta terça-feira (22), a gestora rebateu afirmando que a situação também atinge áreas nacionais e disse que o Estado não demorou em pedir ajuda federal.

 

“A nossa obrigação é o parque estadual, mas não vi ninguém falar do quanto foi queimado no parque nacional, quantas terras indígenas queimaram, inclusive quem estava lá ajudando era o Corpo de Bombeiros, por vezes atuando sozinho. Para mim, não houve falha do governo do Estado, que atuou na medida da sua capacidade e acionou efetivamente o governo federal para agir principalmente nas áreas federais”, disse.  

 

Lazzaretti comparou os incêndios que atingiram o bioma esse ano com os que destruíram o Pantanal em 2020 e atribuiu parte da situação às “mudanças climáticas”. 


“Todos percebemos a situação climática com altas temperaturas totalmente atípicas que atingem o país. As mudanças climáticas não estão mais no imaginário, a população já está sentindo esses eventos críticos. Nunca na história, o mês de novembro chegou a esse ponto no Pantanal”, relatou.


Conforme a secretária, o planejamento para as questões dos incêndios, não focará apenas em envolver uma ação de controle preventivo e de combate. “Será discutido de forma concreta um planejamento para adaptação climática e mitigação climática, não é só combater e controlar aos incêndios no período crítico, que é o que estamos habituados a fazer”, declarou.


A chefe da pasta também detalhou os dados sobre as queimadas que atingiram o Pantanal em 2020 e as que afetam o bioma neste mês. “Em 2020, nós tivemos 47% do Pantanal atingido pelo fogo e hoje nós estamos falando de 11%, especialmente no mês de novembro. Diferente dos incêndios de 2020, que atingiram a região até outubro, com trégua em novembro, hoje nós estamos em uma situação totalmente diferenciada”, explicou.


Ela ainda enfatizou as ações realizadas pela secretaria de Meio Ambiente para auxiliar no combate ao fogo. “Atualmente, temos estruturas para atendimento aos animais, com clínicas devidamente cadastradas, o Corpo de Bombeiros com equipamentos para atender ao fogo. O que acontece é que nesse ano, as condições climáticas elas dificultam que a gente consiga ser efetivo”, finalizou.

 

De acordo com Lazzaretti, o planejamento desse ano previu R$ 38 milhões de investimento em ações preventivas e ações de combate aos incêndios florestais, e que após 2020, um plano de manejo foi elaborado para a unidade de preservação do Parque Encontro das Águas. 

 

Questionada sobre uma possível omissão do Estado, por não ter apresentado um plano de manejo, a secretaria disse que a falta de comunicação e o plano de manejo é algo complexo, que não pode ser feito “de uma hora para outra”. 

 

“O Corpo de Bombeiros sempre pediu apoio nas áreas federais. Inclusive esse foi o conteúdo do meu ofício para o Ministério do Meio Ambiente, porque nós tínhamos terras indígenas, unidades de conservação federal queimando. Tudo isso supera muito o atingido no Parque Encontro das Águas”, acrescentou. 

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