O governador Silval Barbosa aproveitou a visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a Cuiabá, onde vistoriou as obras da Arena Pantanal, na última quarta-feira (01), para criticar a burocracia de alguns ministérios, que estariam atrasando as obras estruturais visando à Copa do Mundo de 2014.
Como exemplo, Silval citou as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) – opção escolhida para o sistema de transporte coletivo urbano -, que poderiam ter sido iniciadas há cinco meses, se a Caixa Econômica Federal já tivesse dado "sinal verde" para a execução do convênio.
"Infelizmente, temos algumas dificuldades por causa da burocracia e da estrutura de alguns ministérios, que tornam morosos os processos de liberação dos recursos que estamos buscando", disse o governador, durante entrevista à imprensa. Ele enfatizou que levou essa preocupação ao ministro Rebelo.
Além das obras do VLT, que até agora não saíram do papel, outras obras, como as de travessia urbana, também ainda não deslancharam porque a burocracia tem prevalecido, segundo o governador.
São obras que cortam a capital, tais como a duplicação de avenidas, construção de viadutos e trincheiras, e que começaram a ser discutidas no final de 2009. "Faz apenas três meses que conseguimos liberar estas obras e já na próxima segunda-feira, dia 6, os processos de licitação terão início", destacou Silval, lembrando que o Estado está fazendo sua parte.
Sobre o VLT, em janeiro, o Ministério das Cidades publicou portaria validando a primeira etapa de seleção da carta-consulta para a contratação de empréstimo pelo Programa Pró-Transporte, para a implantação do sistema entre Cuiabá e Várzea Grande, num percurso de 22,2 quilômetros.
Os recursos previstos são da ordem de R$ 1,26 bilhão (o valor é uma previsão, o custo exato será definido na licitação).
Deste montante, R$ 423 milhões já estavam garantidos para a construção do BRT (Bus Rapid Transit). A Caixa aguardava a publicação da portaria para fazer o distrato do BRT. Na segunda etapa, será contratado mais um empréstimo no valor de R$ 727 milhões junto à Caixa, com recursos do BNDES. Para fechar o montante, o Governo do Estado entrará com mais R$ 110 milhões.
Segundo o governador, o RDC (Regime Diferenciado de Contratações) já está pronto, mas a Caixa ainda não concluiu o processo para a execução do convênio.
"A equipe técnica que tem o papel de dar prioridade ao processo não tem dado atendimento. Mas, o ministro do Esporte se comprometeu em ajudar, porque é o nome do Brasil e dos outros Estados que também sediarão a Copa que estão em jogo", concluiu Silval.