Brasileiras desconhecem a endometriose, revela pesquisa

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Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) com 5.000 mulheres acima de 18 anos em todo o País aponta que a maioria (55%) não sabe o que é endometriose. E mais, 66% das entrevistadas não conseguiram identificar a quais sintomas a doença está associada.

Para os especialistas, o cenário é preocupante uma vez que a patologia acomete 6 milhões de brasileiras em idade reprodutiva, sendo que 50% delas podem ficar inférteis. Além disso, o ginecologista Dr. Maurício Abrão, presidente da SBE, ressalta que a doença também piora a qualidade de vida da paciente.

— Em decorrência das dores intensas na região pélvica (parte inferior do abdômen), é comum as mulheres se afastarem de suas atividades rotineiras. Inclusive, a pesquisa mostrou que essas pacientes sofrem uma perda 38% maior da produtividade no trabalho do que aquelas sem a doença.

 

Além do pesadelo das cólicas menstruais e do risco de não poder ter filhos, o médico cita entre os principais sintomas “dor durante as relações sexuais e sangramento menstrual intenso e irregular”. Exatamente por isso, as mulheres costumam evitar o sexo, deixam de lado a prática de exercíciofísico, abrem mão do lazer e ainda podem desencadear problemas psicossociais, frustração e isolamento.

— Infelizmente a falta de informação atrasa o diagnóstico, que costuma acontecer por volta dos 30 anos. No entanto, entre 40% e 50% das adolescentes que têm cólicas podem estar convivendo com a endometriose.

Segundo o médico, a média entre o começo dos sintomas e aconfirmação da doença é de sete anos.

Entenda a doença

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio — tecido que reveste o interior do útero e onde o embrião se fixa para fecundar — em outros órgãos, como ovários, intestino, trompas e bexiga. 

Embora sua causa ainda seja desconhecida, os médicos alertam que o risco é aumentado quando mãe ou irmã apresentam a patologia. Além disso, a endometriose pode aparecer desde a primeira menstruação até a última, quando geralmente a doença regride espontaneamente.

Apesar de ser uma condição clínica que mereça atenção especial, o Dr. Carlos Alberto Petta, vice-presidente da SBE e professor de Ginecologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), descarta a possibilidade de ser considerado um pré-câncer.

— Isso é um mito. A doença pode realmente evoluir para o câncer, mas o risco é mínimo, entre 0,5% e 1%.

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