O ex-governador Blairo Maggi (PR) falou há pouco, pela primeira vez, dos problemas relacionados à licitação do programa "MT 100% Equipado", que pode ter resultado em um rombo de R$ 36 milhões aos cofres do Estado. Para ele, o episódio foi o mais grave de seus sete anos e três meses de governo.
"Foi o pior fato do meu governo. Estou muito chateado, cheguei até mesmo a chorar quando fiquei sabendo. Mas espero que tudo seja esclarecido e que isso não macule a imagem de todo um governo", afirmou, durante reunião do PR nesta manhã.
Segundo Maggi, o afastamento do secretário da Secretaria de Infra-Estrutura, Vilceu Marcheti, ocorrido na última sexta-feira, foi importante para garantir a lisura da investigação. "Não cabe a mim definir o afastamento de ninguém, mas acho que seria importante o secretário De Vitto se afastar para ajudar também nas apurações", afirmou.
O ex-governador afirmou que não acredita em superfaturamento ou pagamento de propina a secretários e servidores públicos. "Acredito que, no caso da cobrança indevida de juros, houve um erro grave na parte administrativa", disse.
O republicano se reponsabilizou pelo fato, no sentido de que as entregas das máquinas foram entregues ainda no seu mandato. "Não sou o culpado, mas com certeza sou o responsável. Quando a gente é o governante, colhemos o ônus e o bônus", declarou ele.
Marketing
O publicitário Júlio Valmórbida, que será o coordenador de marketing da campanha do ex-governador, disse que não acredita que o episódio irá contribuir negativamente para Maggi durante a campanha.
Ele ainda disse que o caso após ser esclarecido será benéfica ao republicano, já que foi ele próprio quem pediu a apuração de superfaturamento após ter recebido uma denúncia anônima.