Pesquisa revela que 55% das brasileiras gostariam de menstruar menos

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Estranha ainda para muitas mulheres, a contracepção contínua pode vir a ser uma escolha cada vez mais comum. Pesquisa mundial mostrou que 55% das 500 brasileiras entrevistas gostariam de menstruar com menor frequência, enquanto 16% gostariam de interromper totalmente a menstruação.        

O levantamento, divulgado no XX Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia, realizado em Roma, na Itália, foi realizado com mais de 4 mil mulheres, entre brasileiras, canadenses, tchecas, americanas, italianas, alemãs e britânicas.

Nele, comprovou-se que, dentre os principais motivos para se menstruar menos ou parar de menstruar estão questões relacionadas à vida sexual e a problemas durante exercícios físicos. Enquanto 67% de todas as entrevistadas argumentam que menstruar prejudica a vida sexual, 56% acreditam que atrapalha a prática da atividade física, 49% acham que interfere nas tarefas sociais e 47% creem que dificulta as ações relacionadas ao trabalho.

 

 

O ginecologista Dr. Achilles Cruz, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), observa que hoje a mulher menstrua muito mais do que no passado.

— Isso ocorre por vários fatores: antigamente, a primeira menstruação ocorria mais tarde, a mulher casava-se mais cedo e o número de filhos e tempo de amamentação eram maiores. Sem contar que era comum emendar uma gravidez na outra, passando longos períodos sem menstruação.

Hoje, segundo o especialista, a mulher começa então a optar pelo regime contínuo de método contraceptivo.

— A explicação vem do estilo de vida atual, que favorece um número maior de menstruações, mas ao mesmo tempo compromete a qualidade de vida da mulher. 

Além disso, eliminar os efeitos indesejados da TPM também é um fator relevante. Muitas mulheres, conclui o especialista, optam pela contracepção contínua para reduzir sintomas como inchaço, dor de cabeça, cólicas e alterações de humor.

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