3 anos após Governo adotar OSS, só 3 dos 7 hospitais ainda usam modelo

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Mário Okamura/Rdnews


Estado já determinou quatro intervenções em hospitais administrados por Organizações Sociais

Após intervenção administrativa no Hospital Regional de Sinop, decretada pelo Governo nesta semana, sobe para quatro o número de unidades de saúde que passaram por intervenções depois de denúncias de supostas irregularidades, bem como má administração dos gestores.

Além de Sinop, os Hospitais Regionais de Colíder e Alta Floresta “Albert Sabin”, que estavam sob gestão do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS), estão sendo administrados por interventores. Já em Várzea Grande, o Hospital Metropolitano teve o contrato com o IPAS rescindido e a administração voltou para o Governo do Estado, após irregularidades na aplicação de mais de R$ 2,7 milhões em recursos.

A Organização Social de Saúde (OSS) também teve problemas com a Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde – popular Farmácia de Alto Custo (Ceadis). A OSS não comprovou despesas de mais de R$ 50 mil, além disso, perdeu grande quantidade de remédios. Por não serem entregues no prazo acabaram vencendo.

De acordo com o diretor geral do escritório regional de Saúde de Sinop, Manoelito Rodrigues, designado como interventor da unidade, todas as medidas necessárias para a reestruturação serão tomadas. “Começamos os trabalhos agora, então, é impossível saber qual é o cenário que vamos encontrar. Porém, tudo está sendo analisado para que tenhamos um diagnóstico o mais rápido possível”, afirma.

Ainda segundo Manoelito, a unidade funciona como pronto atendimento e recebe repasses do Estado na ordem de pouco mais de R$ 2 milhões. “A população pode ficar tranquila, pois vamos tentar manter o atendimento normalizado, para que ninguém saia prejudicado”, ressalta.

As instituições que continuam sob gestão das OSS, segundo a secretaria estadual de Saúde (SES), são o Hospital Regional de Cáceres, que conta com um Centro Regional de Oncologia, o Hospital Regional de Rondonópolis, que está sendo ampliado e deverá ter em breve mais 30 leitos de UTI, sendo dez infantis, e o Hospital Regional de Sorriso. De acordo com a SES, os atendimentos estão a contento.

As OSS, constantemente criticadas por parlamentares mato-grossenses, sindicatos e entidades ligadas à saúde, foram implantadas em Mato Grosso em 2011 na gestão do então secretário de Saúde, o ex-deputado federal, Pedro Henry, condenado no julgamento do mensalão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

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