Walace diz estar tranquilo com auditorias

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Cassado do cargo de prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) afirma estar tranquilo quanto à proposta da prefeita empossada na semana passada, Lucimar Campos (DEM), de realizar auditorias nas contas do Paço Couto Magalhães. A democrata pediu ajuda ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para dar início aos trabalhos.

“Se o TCE pode entrar na prefeitura e, se fizer uma auditoria bem feita, ainda vai descobrir barbaridades que eles próprios [família Campos] fizeram”, afirmou o peemedebista, ressaltando ter assumido o comando do município com dívidas acumuladas há 30 anos, o que incluiria a gestão do hoje senador Jayme Campos (DEM), marido de Lucimar, como prefeito.

De acordo com Walace, durante os quase dois anos e meio que ocupou o cargo de chefe do Executivo foram negociados cerca de R$ 430 milhões em débitos de gestões passadas. O valor incluiria dívidas com a previdência, com o INSS, precatórios, contas de energia e até mesmo salários e direitos trabalhistas atrasados de servidores.

“Essas dívidas praticamente tiraram minha oportunidade de fazer uma boa gestão. Só em 2013 tive que pagar R$ 19 milhões em restos a pagar para poder começar a administrar, porque os fornecedores não queriam mais atender o município. Agora, depois de todas essas conquistas, eu saio da prefeitura e entra o ‘salvador da pátria’”, reclamou, em referência ao trabalho que, segundo ele, colocou “ordem na casa”.

Ainda de acordo com Walace, pelo menos R$ 2 milhões são dispensados mensalmente em Várzea Grande somente para o pagamento dos débitos parcelados após as negociações articuladas por ele. Dessa forma, restaria pouco mais de R$ 1 milhão ao mês para realizar investimentos na cidade.

O ex-prefeito avalia que foi a falta de recursos para resolver problemas como os de pavimentação do município que acabaram desgastando sua imagem. Mesmo assim, garante que dos 600 quilômetros de ruas que precisavam ser recuperadas, cerca de 200 quilômetros passaram por recapeamento. “Se eu conseguisse ficar os quase dois anos que restam de mandato, com certeza, resolveria o resto”.

Além de questão de infraestrutura, Walace apontou o setor da saúde como um dos que colaboraram para a má avaliação de seu governo. “Mas a saúde desgasta qualquer um. Vai desgastar eles também”, disse, afirmando que o pronto-socorro, embora atenda demanda de todo o Estado, recebe apenas R$ 80 mil por mês do governo para ajudar na manutenção.

Walace sustenta, no entanto, ter deixado cerca de R$ 55 milhões nos cofres do município, entre recursos para a saúde, educação, de convênios e de arrecadação própria. Explicou ainda que não haver mais dinheiro em caixa por ter realizado o pagamento da folha salarial dos servidores na última terça-feira (5).

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