A decisão do TSE de acatar recurso de Gilmar Fabris não só o mantém de vez no cargo de deputado estadual neste resto do atual mandato, como o exclui da lista de candidatos fichas-sujas. Isso deve alterar a dança das cadeiras na Assembleia e resultar na saída de Jota Barreto (PR) e na entrada do suplente Pedro Satélite (PPS), embora ambos sejam de coligações diferentes.
É que os 20.885 votos conquistados por Fabris no pleito deste ano e que foram apurados em separado e não computados pela Justiça Eleitoral passam agora a valer e vão entrar para o bolo do quociente eleitoral.
Se por um lado Fabris não garante vaga na Assembleia, por outro fica como primeiro-suplente da coligação DEM-PSDB, que conseguiu votos suficientes para eleger dois e um terceiro na sobra, sendo eles os democratas José Domingos e Dilmar Dal Bosco e o tucano Guilherme Maluf. A inclusão de seus votos causa efeito cascata em várias coligações. A aliança DEM-PSDB, por exemplo, não terá mais Dilmar como eleito pelo sobra, mas sim com votação própria.
Dos 24 eleitos e/ou reeleitos, 21 tiveram votos diretos, ou seja, não dependeram de sobra. Dos três que foram ajudados pela legenda, a primeira sobra beneficiou a peemedebista Teté Bezerra, última dos 12 nomes que asseguraram cadeira pela coligação PR-PMDB-PT. A segunda sobra garantiu espaço para Luciane Bezerra (PSB) e, a terceira, ao democrata Dilmar. Como haverá, com a decisão pró-Fabris, aumento e mudança do quociente eleitoral, a aliança DEM-PSDB garante eleição direta de 3. Já o bloco PPS-PSB-PDT-PV é o que mais leva vantagem com os votos da sobra. Com isso, ao invés de ficar com três cadeiras, já garantidas para Percival Muniz (PPS), Zeca Viana (PDT) e Luciane, esse bloco conquistaria mais uma, beneficiando o suplente Pedro Satélite (PPS).
Esses cálculos devem ser confirmados pelo TRE que, por enquanto, não se manifesta sobre hipóteses. Por enquanto, Barreto integra a lista dos 24 deputados eleitos e/ou reeleitos, mas já está de barbas de molho.
O PR conquistou a maior bancada, com 6 deputados. PMDB e PP garantiram 5 cada. O DEM terá dois representantes. Outras seis legendas vão contar com um parlamentar na próxima legislatura: PPS, PSB, PTB, PSDB e PT, com exceção da legenda socialista, que deve ficar com dois. Veja mais detalhes no quadro abaixo.