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A área técnica da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) avalia o estágio atual das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e discute com o Consórcio responsável pelas obras a elaboração de um novo cronograma. A Secopa não afirma, mas apesar do contrato durar até dezembro deste ano, o que tudo indica, é que as obras do VLT se estenderão ao longo de 2015.
Nesta sexta-feira (11) por causa de uma determinação do Ministério Público Estadual, a Secopa voltou a colocar os tapumes dos canteiros de obras da região na Avenida do CPA. O início dos trabalhos de isolação dos canteiros teve início desde a semana passada, porém, só agora foram finalizados.
Mesmo com as obras inacabadas, as 40 composições do VLT já estão na Capital. Juntas totalizam 120 módulos. Cada VLT possui cerca de 40 metros de comprimento sendo composto por 7 módulos, com capacidade para transportar até 400 pessoas (por veículo), sendo 77 sentadas.
Além das obras, o Consórcio também aguarda a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para ver os impactos que o VLT vai causar em alguns trechos.
Todos os indícios reforçam o que o relator das obras da Copa do TCE, conselheiro João Batista Camargo já havia afirmado no começo do mês. Seria impossível concretizar as obras até o final do ano. Segundo ele seria tecnicamente inexequível.
Sobre a compra das composições antes do final das obras, o TCE havia ressaltado que a aquisição precoce de alguns equipamentos, de alto custo, retirou do Estado a possibilidade de adquiri-los com tecnologia mais avançada.
“Dos 40 comboios contratados, 36 estão estacionados no Centro de Operação e Manutenção e não serão utilizados até a operacionalização do modal. O que intriga o TCE é porque as composições foram adquiridas e pagas logo no início das obras”, afirmou o conselheiro João Batista.
Além do cronograma, a outra questão é quem fiscalizará as obras, pois a Secopa tem um prazo de existência até dezembro de 2014.
Questionado sobre uma possível extinção da Secopa, o TCE afirmou que há impedimentos legais, pois a Secretaria está vinculada à plena liquidação da totalidade de suas obrigações.
“Caso isso aconteça poderá haver o risco das obras do VLT sofrerem solução de continuidade, devido ao vácuo técnico, ou seja, a equipe técnica envolvida na gestão da obra poderá não ser totalmente realocada na eventual sucessora”, ressaltou.
