Vereadora responde processo presa, após ter cinco habeas negados

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Acusada de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas no município de Colíder (650 km ao Norte de Cuiabá), a vereadora e advogada Regiane Rodrigues de Freitas (PRP) segue presa no Comando Geral do Corpo de Bombeiros na Capital, após ter cinco habeas corpus negados em caráter liminar. Sendo dois impetrados no Fórum de Colíder e três no Tribunal de Justiça (TJ). O mérito de cada recurso ainda será julgado.

A vereadora foi presa no dia 15 de outubro do ano passado durante a Operação "Tribuna do Pó" em Colíder, onde ficou detida da Delegacia Municipal. Logo depois, a parlamentar foi transferida para Cuiabá onde cumpre a pena em uma sala no Corpo de Bombeiros, uma vez que legislação prevê a detenção em sala do Estado-Maior, por possuir graduação em Direito.

De acordo com delegado, Sérgio Ribeiro de Araújo que investigou a quadrilha, Regiane era uma das financiadoras do esquema, usava o cargo para auxiliar a quadrilha e conseguia carros e passagens de ônibus para traficantes buscarem a droga na cidade de Cáceres (a 900 km de Colíder), que, por sua vez, era conduzida para Sorriso e distribuída para vários municípios da região Norte de Mato Grosso.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Regiane guardava o entorpecente em sua casa e, depois, o repassava para outro traficante, que o entregava para "varejistas", responsáveis pela venda aos usuários e pelo abastecimento de pontos de distribuição. Além disso, a vereadora era usuária da droga.

Crimes

Regiane Freitas responde processo pelos crimes de tráfico e financiamento de drogas, além de associação para o tráfico. Faziam parte da quadrilha: Márcio Monteiro Jayme, Valdinei Cristiano Uliano, Rafaela Rodrigues dos Santos, Américo Tripodi Filho, Celiomar Ferreira, Leandro Aparecido de Oliveira, Elton de Jesus Silva (nome verdadeiro Luiz Carlos de Jesus, Aline Marques da Silva, Francivaldo da Silva Meneses, Edinete da Silva Jesus, Nilson Gimenez Pereira e Ozeni Batista dos Reis.

O processo tramita na 2ª Vara de Colíder, cuja titular é a juíza Anna Paula Gomes de Freitas.

Investigações

As investigações começaram em março deste ano pela Delegacia da Polícia Civil de Colíder junto com a Gerência de Inteligência Policial (GIP), de Cuiabá, que monitoravam a ação de Rafaela Rodrigues dos Santos, que teria assumido o lugar do esposo Ademilson Nascimento Carlos, após a prisão dele.

No comando da quadrilha estava o traficante Francisvaldo da Silva Menezes, 29, preso no dia 17 de outubro, em Sorriso (420 km ao Norte). Ele recebia o entorpecente na cidade e distribuía aos demais municípios. O esquema era simples, porém bem estruturado. A droga era adquirida de um boliviano, em Cáceres, e trazida em carros de passeio e dentro de ônibus até Sorriso que distribuía para Colíder e Itaúba, também em veículos.

Legislativo

Regiane está sendo investigada pelo Conselho de Ética da Câmara de Colíder, para verificar se houve a quebra de decoro por parte da parlamentar, uma vez que há suspeitas que ela seria usuária de drogas. A vereadora está afastada de suas funções de parlamentar.

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