Nayana Bricat/GD
Amostras dos 49 bovinos abatidos no último sábado (26) em São José dos Quatro Marcos (315 km ao Oeste) foram encaminhadas para o laboratório nacional agropecuário nesta segunda-feira (28) para ser realizado o teste de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença que afeta o sistema nervoso do gado e é popularmente conhecida como o mal da vaca louca. O abate aconteceu porque os animais tiveram contato com a fêmea que segundo analistas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desenvolveram a doença em Porto Esperidião (326 km ao Oeste).
Os animais haviam sido separados do rebanho, conforme orientação da Agricultura, depois que uma vaca de uma das fazendas do município, na fronteira com a Bolívia, foi detectada com a chamada marcação priônica (falha em partículas de proteínas importantes para o desenvolvimento dos neurônios). Segundo o ministério, o sacrifício é parte do procedimento adotado pela defesa sanitária nos casos de vaca louca.
O animal identificado com suspeita de EEB já estava em um frigorífico em São José dos Quatro Marcos, pronto para o abate, quando a equipe de inspeção sanitária chegou para uma vistoria de rotina, no dia 19 de março. Na ocasião, os técnicos verificaram que a fêmea de 12 anos apresentava distúrbios neurológicos por estar caída. A vaca foi sacrificada e incinerada.
Os órgãos responsáveis pela inspeção sanitária intensificaram a investigação de potenciais casos na região, que passa por um pente fino coordenado pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura. Nesta quarta-feira (30) deve ser enviado um parecer definitivo da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), com amostras da carne da fêmea sacrificada com a suspeita de ter contraído a “Vaca Louca”.
O Mapa classifica o caso como atípico no Estado já que o animal não desenvolveu a doença e não morreu por consequencia dela. A marcação pirônica ocorreu naturalmente já que o aninal tinha 12 anos, uma idade considerada avançada.
