Absolvido, Maggi estuda ação contra procurador

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Gláucio Nogueira, editor do GD


O senador Blairo Maggi (PR) criticou integrantes do Ministério Público Estadual (MPE) e afirmou estudar medidas judiciais contra os responsáveis pela ação civil pública que pretendia responsabilizá-lo no episódio conhecido como “Escândalo dos Maquinários”. Sem citar nomes, o ex-governador disse acreditar que algumas ações possuem motivações políticas.

Em entrevista, Blairo ressaltou que, ao contrário da ação proposta pelo procurador de Justiça Siger Tutiya, que defende a responsabilização do então governador no superfaturamento de cerca de R$ 44 milhões, tomou todas as providências à época da licitação. “A juíza demonstra cabalmente em sua decisão, que essa atitude do Ministério Público causa até ‘estranheza’, já que a ação corre há 4 anos em todas as esferas, nesta especificamente, na Estadual, não há uma menção ao meu nome”.

O senador salientou que acreditava que a Justiça arquivaria a denúncia, uma vez que já foi absolvido do processo na Justiça Federal. “Pra mim, me causa estranheza foi à propositura da ação e não a decisão da Juíza. Membros do Ministério Público não podem atuar politicamente ou com decisões com cunho político”. Embora não tenha definido ainda, Maggi afirmou que estuda a possibilidade de ingressar com uma representação contra Tutiya.

Na semana passada, a juíza da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Regina Vidotti, arquivou ação civil pública proposta contra Maggi. Vidotti, além de arquivar a denúncia, negou os pedidos do MPE, de indisponibilidade dos bens de Maggi e da perda dos direitos políticos, pleiteadas na acusação.

Para a magistrada, causa estranheza a proposição da ação apenas após a conclusão dos trabalhos na Justiça Federal. “Conclui-se, portanto, que se o Poder Judiciário já analisou os fatos e decidiu pela ausência de responsabilidade do requerido nas fraudes/irregularidades/ilegalidades perpetradas no processo licitatório, não vislumbro a possibilidade de cogitar, frise-se, por estes mesmos fatos, a prática de ato de improbidade administrativa, que como já colocado, é mais restrito e exige requisitos específicos”. 

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