Treinos da PM já têm registro de morte por afogamento

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A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) designou a delegada Ana Cristina Feldmann e o tenente-coronel PM Jadir da Costa Metello como responsáveis pelos inquéritos policiais civil e militar, respectivamente, que vão investigar as causas do acidente envolvendo três policiais militares e uma bombeira militar, na manhã de sábado (24), durante o treinamento do 4º Curso de Tripulante Operacional Multimissão (TOM-M).

Quatro dos 25 participantes – entre civis e militares – passaram mal e um deles morreu a caminho do Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC). Trata-se do soldado Abinoão Soares de Oliveira, da PM de Alagoas, que veio para o Estado pela Força Nacional de Segurança. Estão em observação no PSC um soldado PM de Goiás, um cabo PM da Bahia e um sargento PM do Paraná.

Um policial que já participou de um curso anterior disse que o treinamento é exaustivo em todas as etapas, principalmente nas de mergulho. "Podemos comparar aos cursos do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro", resumiu. 

O curso de Tripulação Operacional Multimissão (TOM) forma auxiliares que atuam nas bordas do helicóptero. "São policiais que atuam como ajudantes do piloto e co-piloto", explicou o secretário de Segurança Pública, Diogens Curado. Ele acrescentou que, nas quatro edições, muitos policiais ficam cansados, mas é o primeiro com o registro de óbito. 

Na verdade, não é a primeira vez que a Polícia Militar de Mato Grosso vive um episódio de treinamento com ocorrência de morte entre os alunos. Ganhou ampla repercussão, por exemplo, o "Caso Cadetes", ocorrido em 1998. Na ocasião, morreram afogados os aspirantes a vagas de oficiais da PM Sérgio Kobayashi e Evaldo Bezerra de Queiróz, no Córrego Caramujo, em Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá). Eles faziam treinamento por 20 horas ininterruptas dentro do curso d'água. O fato aconteceu por volta das 2 horas, e completou 12 anos este mês. 

Conforme as investigações, os cadetes não estavam com equipamentos e vestimentas adequadas para o treinamento, que ocorria em córrego desconhecido pelo grupo. Oficiais da PM foram responsabilizados pelo fato.

Necropsia

O diretor-geral da Polícia Civil, Paulo Rubens Vilela, determinou que o delegado Jeferson Chaves tomasse os primeiros procedimentos. "Foram solicitados exame de necropsia do militar e perícia no local onde ocorreu o acidente", disse Vilela. O delegado deverá também fazer uma visita no local, um campo de golfe na região do Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães.

Enfermeiros de plantão não souberam informar se Abinião chegou morto ou se morreu durante o trajeto. Eles acreditam que somente o exame de necropsia poderá tirar essa dúvida. "A correria aqui foi grande e não foi possível saber se morreu aqui ou chegou morto", explicou um enfermeiro.

Traslado

O corpo do soldado Abinoão Soares de Oliveira foi levado neste sábado para Maceió, onde será velado. O translado foi feito pela aeronave da Polícia Federal do Estado do Alagoas, com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, que prestou todo suporte necessário até o embarque do corpo.

Familiares do soldado que estavam em Brasília estiveram no Aeroporto Marechal Rondon para acompanhar o translado. Abinoão Soares de Oliveira, soldado da Força Nacional da Polícia Militar do Alagoas era um dos 25 alunos do 4º Curso de Tripulante Operacional Multimissão (TOM-M).

O curso de Tripulante Operacional Multimissão (TOM-M) teve início na última quarta feira, com carga horária de 540 horas/aula e duração de dois meses e meio.

Com informações do Diário de Cuiabá e da Secom-MT

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