TJ nega retirar tornozeleira eletrônica de Arcanjo e genro

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Vitória Lopes

A 2ª Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça, negou pedido das defesas do bicheiro João Arcanjo Ribeiro e do empresário Giovanni Zem, de retirar o uso de tornozeleira eletrônica. Os dois foram presos na Operação Mantus, que apurou esquema de jogos da azar e lavagem de dinheiro.


A decisão consta no Diário Oficial desta segunda-feira (27). Conforme o texto, as defesas apresentaram habeas corpus para aplicação de medidas alternativas a prisão e pretensão da retirada do monitoramento eletrônico.


Segundo alegou a defesa, havia carência de fundamentação e excesso de prazo das medidas cautelares. No entanto, por unanimidade, a Turma Julgadora votou pela continuação do monitoramento eletrônico de João Arcanjo e o genro, Giovanni Zem.

 

De acordo com os votos, a tornozeleira eletrônica foi decidida justamente para evitar que a organização criminosa volte a se encontrar. O uso de tornozeleira pelos acusados não impossibilitaria ou prejudicaria a execução de atividades laborais.


“A intenção do monitoramento eletrônico é justamente evitar que a suposta organização criminosa investigada continue as suas atividades, sem que ocorra encontros e contatos entre os investigados na perpetuação da atividade ilícita”, argumentou.


Giovani Zem foi preso em 29 de maio, acusado de ser o “representante” do bicheiro João Arcanjo, no estacionamento que tem na avenida do CPA e na Colibri, que atua no jogo do bicho.


O Ministério Público Estadual (MPE) afirma que a empresa Colibri conta com bancas de apostas em todo o estado e usa de violência física e ameaça para intimidar possíveis concorrentes. Zem agia a mando do sogro, João Arcanjo, que também foi preso na Operação Mantus, na qual foram detidos 33 investigados.


Parte dos acusados trabalha para Arcanjo e outros para a empresa Ello FMC, do delator Frederico Coutinho Muller.


Operação Mantus


A investigação apura a atuação das empresas Colibri e FMC em jogos de azar a lavagem de dinheiro em Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro. 33 pessoas foram detidas acusadas de envolvimento nas organizações criminosas que seriam um “braço” de bicheiros de outros estados. Até o momento , somente os dois acusados e 3 mulheres tiveram a preventiva revogada.

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