Welington Sabino/GD
João Vieira Pedro Henry chegando para o primeiro dia de trabalho como coordenador-administrativo |
A poucas horas de encerrar o prazo para o ex-deputado federal Pedro Henry (PP) efetuar o pagamento de 2 multas que totalizam R$ 1,3 milhão, relativas à sua condenação no processo do mensalão, sua defesa não apresentou nenhuma manifestação no sentido de pedir o parcelamento da “dívida” de modo que as parcelas sejam compatíveis à renda de Henry. O prazo termina às 18h desta quinta-feira (27), mas ainda há tempo para a defesa do ex-parlamentar se manifestar e informar se pretende pagar o valor à vista ou pedir “parcelamento”.
A multa foi imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a sentença de execução foi dada no final de janeiro pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá (Execução Penal) concedendo prazo de 10 dias para isso.
Na hipótese de encerar o prazo e Henry não pagar a multa ou sua defesa pedir o parcelamento, o processo poderá ser enviado para a Vara de Fazenda para executar a dívida com o arresto de bens (bloqueio). Ou também, a própria Vara de Execução Penal pode executar a sentença, ou seja, decretando o bloqueio de bens. Também cabe aplicação de multa sobre o valor a ser pago, passando a contar a partir desta quinta-feira.
Patrimônio e renda
Em sua última prestação de contas à Justiça Eleitoral em 2010, quando foi reeleito deputado federal, Henry declarou patrimônio de R$ 1,423 milhão. Do valor declarado em 2010, Henry disse que possuía R$ 252 mil em cotas de capital da empresa Hiperbárica Santa Rosa, que é uma clínica localizada no hospital onde ele foi contratado. Ele foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena é cumprida no regime semiaberto.
No Hospital Santa Rosa, seu atual emprego ele foi contratado por R$ 7,5 mil. No Instituto Médico Legal, onde ele também começou a trabalhar no dia 27 de janeiro ele deveria receber um salário em torno de R$ 7,5 mil. Porém, o juiz Geraldo Fidélis notificou Henry a informar os locais e a natureza dos trabalhos que vinha desenvolvendo, bem como os respectivos horários. O motivo foi porque ele, depois receber autorização do juiz, começou a trabalhar como auxiliar-administrativo no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, de segunda a sexta das 7h às 17h e depois no IML, onde é servidor de carreira.