O Atlético-MG até que tentou, jogou melhor e teve as melhores oportunidades para marcar, mas foi vítima de uma infelicidade do goleiro Uilson, terceiro reserva, titular na manhã deste domingo após Victor e Giovanni se lesionarem nas últimas semanas. Sem ritmo de jogo, o arqueiro falhou em um lance decisivo na etapa final e viu o Cruzeiro vencer o primeiro clássico mineiro do ano por 1 a 0, mantendo a invencibilidade no campeonato estadual.
Apesar de um jogo nervoso e com muita marcação dos dois lados, as duas equipes tiveram chances para abrir o placar no Independência. Quem começou melhor foi o Atlético-MG, que teve oportunidades com Robinho, duas vezes, e Marcos Rocha. O ex-santista mandou a primeira para fora e viu Fábio salvar na segunda, da mesma maneira que impediu o gol em uma cobrança de falta perigosa do lateral direito.
Aos poucos, o Cruzeiro foi se encontrando no clássico: conseguiu carimbar o travessão de Uilson com o Elber, assustou nas bolas aéreas e exigiu que o jovem goleiro do Atlético-MG trabalhasse em escapadas rápidas pelas laterais da área.
Na volta do intervalo, os rivais voltaram com a mesma vontade dos primeiros 30 segundos e o clássico voltou a esquentar. Com 10min, Ariel Cabral claramente pisou no pé de Hyuri em um lance que já estava paralisado, mas o árbitro Emerson Ferreira de Almeida não viu e mandou seguir. Na sequência, Allano, já com cartão amarelo, chegou forte em Júnior Urso, o juiz marcou a falta, mas preferiu não expulsar o cruzeirense.
Quando os ânimos se acalmaram, quem mostrou melhor futebol foi o Atlético-MG, que chegou com facilidade ao setor ofensivo e continuou dando trabalho ao goleiro cruzeirense. Júnior Urso teve uma boa oportunidade após cobrança de falta, mas foi Robinho quem mais assustos Fábio. Aos 24min, Pratto cruzou para o camisa 7, que cabeceou sozinho, mas viu o arqueiro salvar de maneira impressionante.
Desperdiçando diversas chances de gol, o Atlético-MG acabou virando vítima daquele famoso jargão do futebol: “quem não faz, toma”. Na primeira investida do Cruzeiro na etapa final, Elber arriscou de longe, um chute fraco, mas Uilson bateu roupa e espalmou para o meio da área. Rafael Silva, em posição legal, pegou o rebote e decretou a vitória celeste.
CLÁSSICO DOS DESFALQUES
Atlético-MG e Cruzeiro sofreram com os desfalques. Pela equipe celeste foram seis: além de estar suspenso, De Arrascaeta está com a seleção uruguaia e Alisson com a seleção brasileira olímpica. No departamento médico estão o zagueiro Dedé, o meia Marcos Vinícius e os atacantes Willian e Judivan.
Já o Atlético-MG sofre ainda mais. São nove baixas, sendo ao menos cinco titulares. Erazo e Cazares estão na seleção do Equador; Douglas Santos e Clayton na seleção brasileira olímpica e Victor, Giovanni, Patric, Dátolo e Carlos sofrem com lesões.
QUE VACILO!
Apesar de ter um elenco bem montado, o Atlético-MG sofreu no gol. Com Victor e Giovanni lesionados, Diego Aguirre precisou recorrer ao terceiro goleiro do clube, o jovem Uilson.
Formado no Atlético-MG, o arqueiro de 21 anos fez apenas seu quarto jogo como profissional e, logo de cara, um clássico contra o maior rival. Apesar da pouca idade, ele já estava acostumado a jogar contra o maior rival nas categorias de base e inclusive já havia sido convocado no ano passado para dois amistosos com a seleção brasileira olímpica.
O problema é que o falta de ritmo de jogo pesou ao jovem goleiro. Após errar o tempo de bola e “caçar borboleta” em um cruzamento na etapa inicial, que quase resultou no gol de Manoel, Uilson falhou em uma das únicas oportunidades do Cruzeiro no segundo tempo. Quando o Atlético-MG era muito melhor, ele não conseguiu segurar um chute de longe de Elber e viu Rafael Silva estufar as redes.
AGENDA
Na próxima rodada, o Atlético-MG visita o Vila Nova-MG, no sábado (2), às 16h (de Brasília), duelo que está marcado para acontecer no Mineirão. Já o Cruzeiro recebe o Guarani-MG, no domingo (3), também às 16h no Mineirão.
