Taques processa conselheiro afastado que o chamou de ‘bandido’

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Vitória Lopes


O ex-governador Pedro Taques (PSDB) processou o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, após ofendê-lo durante uma entrevista no programa da Rádio Capital FM. Na ocasião, Antônio Joaquim chamou Taques de “pigmeu”, “impostor canalha” e outras declarações.


Conforme a petição, o programa foi ao ar no dia 10 de março. Durante a entrevista, o conselheiro foi questionado sobre seu pedido de aposentadoria feito ao governo. Segundo Antônio Joaquim, sua aposentadoria foi negada para que ele não pudesse participar na eleição de 2018.

 


Além de Taques, que era governador na época, ele também chamou o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “bandidos”. “Este é o verdadeiro crime que cometi. Hoje, mais do que nunca, sei que sou vítima de uma trama sórdido e covarde. Uma grande farsa executada por dois bandidos, ex-procuradores do MPF, o então procurador-geral Rodrigo Janot e o Sr. Pedro Taques, desencadeada com o único objetivo de impedir a minha presença no processo eleitoral de 2018”, disse.


Conforme o ex-governador, a decisão pela aposentadoria de Antônio Joaquim não cabia a ele. Taques foi orientado pela Procuradoria Geral de Mato Grosso (PGE) a noticiar o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF).


O membro do TCE, assim como outros conselheiros, foram afastados do cargo após pedido do Ministério Público Federal (MPF), na Operação Ararath, pelo ministro Luiz Fux, do STF.


Ainda assim, figurando como opositor político de Taques, ele fez diversas declarações polêmicas no programa. “Pigmeu, impostor, canalha, bandido e crápula. Pigmeu Pedro Taques. Ele mandou para o STF perguntando se podia assinar. Um ato de cinismo, de hipocrisia”, criticou.


Inconformado, o ex-governador chegou até mesmo a ligar para a emissora. No entanto, sem cessar as ofensas, decidiu por não “bater mais boca” com o então adversário.


Como indenização, Taques pediu R$ 41,8 mil por danos morais, acrescidos de juros. A audiência de conciliação estava marcada para 29 de junho, contudo, foi cancelada. O caso está sendo julgado no 4º Juizado Especial Cível de Cuiabá.

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