Taques “estranha” jornalista e aciona polícia do Senado

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Desafeto declarado do senador acompanhava audiência pública e foi abordado por segurança

Midia News

O senador Pedro Taques (PDT) se envolveu em uma polêmica na tarde desta quarta-feira (20), durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura. Tudo começou quando Taques reconheceu o jornalista José Marcondes dos Santos Neto, o Muvuca, entre os que acompanhavam a audiência. Segundo o blog do jornalista Cláudio Humberto, um dos mais lidos de Brasília, Taques se sentiu ameaçado e se refugiou nas dependências da própria comissão.

“Por volta das 14 horas, o presidente do colegiado, senador Fernando Collor (PTB-AL), telefonou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou o que estava acontecendo e pediu proteção a Taques. Ato contínuo, em gesto testemunhado por três jornalistas, inclusive o titular deste site, Calheiros telefonou ao diretor da Polícia Legislativa, Pedro Henriques, e determinou medidas imediatas para a segurança do senador de Mato Grosso e para a retirada do Senado do homem que ele considerou ameaçador”, relatou Humberto. 


Segundo ele, Taques desmentiu a informação, “mas ela foi confirmada não apenas pelos senadores citados como por suas assessorias”. 

“Apesar de dizer que as informações deste site seriam ‘inverídicas’, Taques exibiu suas pernas curtas: em nota, sem citar o nome do desafeto, contou que durante a audiência pública ‘percebemos a presença de um cidadão que responde a seis ações, entre civis e criminais, por insinuações infundadas e desmedidas e ameaças contra a minha pessoa’. Informa ainda que reiterou ofício enviado a presidência da Casa ‘requerendo providências cabíveis, sobretudo quanto a segurança deste senador’. O homem ameaçador seria o autor de denúncia de que a máfia dos combustíveis no Mato Grosso teria financiado a campanha de Taques para o Senado, em 2010”, afirmou o jornalista.

“Boato”


Em seguida, Taques divulgou uma nota sobre o caso, “desmentindo” as informações de Cláudio Humberto. 

“São informações inverídicas, veiculadas de forma irresponsável. Mesmo após ser procurada pela minha assessoria para esclarecer o que classifico como “boato”, conversa de corredor, a redação do referido blog manteve a versão publicada sem sequer ouvir e citar o ‘outro lado'”, diz a nota.

“Nesta quarta-feira (20), não fui ameaçado de morte, não me refugiei na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, tampouco recebi proteção exclusiva da Polícia Legislativa. Por confiar no trabalho da Polícia Legislativa, acredito que nenhum cidadão tenha entrado armado no Senado Federal. Esclareço que participei de audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), presidida pelo senador Fernando Collor, que contou com a presença do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes”, disse Taques.

Segundo o senador, durante o ato público, sua assessoria percebeu a presença de José Marcondes dos Santos Neto, o “Muvuca”.

“O cidadão responde a seis ações, entre civis e criminais, por insinuações infundadas e desmedidas e ameaças contra minha pessoa. Após tomar ciência de que o cidadão estaria utilizando sua página no Facebook para fazer declarações de extrema gravidade e ameaças contra minha pessoa como a frase ‘atenção autoridades: eu ainda vou matar esse cara’ e se exaltar por ser praticante de tiro e utilizador de armas de fogo, encaminhei ofício à presidência do Senado no sentido de informar a instituição sobre os fatos. O ofício foi protocolado na presidência da Casa no dia 05 de março deste ano”, diz a nota.

“Devido às ameaças feitas pelo cidadão, a chefia de segurança do Senado irá me informar sobre a presença dele nesta Casa de Leis. Esta é a única medida de segurança em vigor neste caso”, afirmou o senador. 

Muvuca


O jornalista Muvuca disse à reportagem, que foi abordado por um segurança do Senado, que pediu para ele ir até uma sala, no subsolo da Casa. “Eu conversei com um tal de Pedro, que me perguntou se eu estava armado e fez outras perguntas. Em seguida, eu fui liberado”, disse.


Em seu perfil no Facebook, ele se posicionou sobre o episódio.

“Estou em Brasília fazendo meu trabalho, cobrindo a pauta política. Um certo senador, quando me viu, chamou a polícia do senado dizendo que eu sou uma ameaça pra ele. A única ameaça que ofereço é revelar seus podres. Mas aí ele viu a besteira que fez e tentou desmentir. Por meu lado, dei uma declaração na polícia do senado que fica lá dentro e saí. Estou no hotel”, relatou 

“Mas ele, este senador, para tentar reparar a c…criou uma história fantasiosa de que alguém estava armado atrás dele. Pura ingenuidade, pois além de ser mentira, desafio ele, novamente, se for homem e tiver alguma decência moral, a provar que pelo menos cheguei perto dele, quanto mais ameaçar. Esta sim é a verdadeira ameaça, eu abrir a boca revelando o que sei. Quem está ameaçado, neste caso, sou eu!”, relatou no Facebook.

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