TAM se une à chilena LAN Airlines e cria nova empresa

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A TAM anunciou nesta sexta-feira (13) um documento que sela a intenção de união com a companhia aérea chilena LAN Airlines. A nova empresa, com 40 mil funcionários, oferecerá serviços de transporte aéreo de passageiros para mais de 115 destinos em 23 países, e serviços de transporte de carga para o mundo todo.

Saiba mais sobre a TAM e a chilena LAN 

A LAN terá o nome da empresa alterado para LATAM Airlines Group S.A., mas as marcas TAM e LAN Airlines serão mantidas, já que cada companhia continuará a atuar com sua respectiva marca.

Segundo presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo) e professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Carlos Alberto Safatle, existe a chance de os preços caírem, embora esse não seja o alvo principal da fusão entre TAM e a chilena LAN .

– Quando ocorre uma união entre empresas do mesmo setor, o objetivo é melhorar a escala e economizar custos. É o que chamamos de economia de escala. Com a redução de custos, existe a possibilidade de a empresa [TAM e Lan Chile] repassar esse desconto para o consumidor.

Safatle explica que a concorrência não será afetada por causa da união das empresas.

– Dificilmente essa negociação vai afetar o mercado como um todo, principalmente porque se trata da união de empresas de países diferentes. Haveria uma diminuição da concorrência se a TAM se unisse ou comprasse uma companhia regional brasileira, por exemplo. Aí sim teríamos menos opções.

Saída da Bolsa

 

A TAM deixará de ter suas ações listadas e negociadas na BM&FBovespa e na Bolsa de Nova York, e a LAN passará a ter papéis listados e negociados na BM&FBovespa, além das ações já listadas e negociadas na Bolsa de Valores de Chile e de Nova York (NYSE).

 

De acordo com o comunicado, os investidores da LAN e TAM continuarão com o controle das ações de cada uma das companhias, sendo que, no caso da TAM, ele terá ainda uma participação na LAN.

Por meio da oferta pública de aquisição (OPA) da TAM, os acionistas da companhia brasileira receberão pelas suas ações um número determinado de ações de uma empresa holding que será incorporada pela LAN.

"Em razão desta incorporação, os acionistas receberão ações de emissão da LAN em forma de Brazilian Depositary Receipts – BDRs, de modo a que, ao aceitar a OPA TAM, os acionistas se tornarão acionistas da LAN, observada a seguinte relação de troca: cada ação da TAM corresponderá a 0,90 ação/BDR da LAN", diz o comunicado. Ou seja, cada ação preferencial sem direito e voto e cada ação ordinária com direito a voto da TAM equivalerá a 0,90 de ação ordinária com direito a voto de emissão da LAN, em forma de BDRs.

Segundo o fato relevante, a relação de troca das ações da TAM por ações em forma de BDRs da LAN será igual para o acionista controlador TAM e para os outros acionistas que não fazem parte do grupo de controle, "de forma a garantir o tratamento igualitário dos acionistas". "A OPA da TAM será efetivada, entre outras condições usuais em ofertas desta natureza, apenas caso haja adesão de acionistas que representem, no mínimo, 95% do capital total da TAM", acrescenta.

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