O técnico Cuca ganhou um voto de confiança e foi mantido no cargo pela diretoria do Cruzeiro, apesar do mau começo da equipe no Campeonato Brasileiro. A superstição e o histórico recente, porém, podem levar a diretoria a mudar de ideia, caso o time demore a se recuperar.
A explicação é simples: Cuca trabalhou nos últimos dois campeões brasileiros no ano das conquistas, mas não resistiu tempo o suficiente para levantar a taça e manteve seu jejum de conquistas nacionais.
Em 2009, o técnico começou o ano à frente do Flamengo e levou o time ao tricampeonato carioca, espantando ao menos em parte a fama de pé-frio. No Brasileiro, porém, não resistiu a uma série de resultados irregulares e foi demitido após um empate em casa com o Grêmio Barueri, por 1 a 1, na 13ª rodada. Andrade foi nomeado como interino, depois efetivado e comandou a reação rubro-negra rumo ao sexto título brasileiro.
Cuca arrumaria emprego meses depois, em setembro: assumiu o Fluminense e comandou a reação heroica do time, evitando o rebaixamento para a Série B. Continuou no posto com a virada do ano, mas não resistiu à má campanha no Carioca e foi demitido duas semanas antes do início do Brasileirão.
Com Muricy Ramalho, o Fluminense chegou a seu terceiro título brasileiro, contando também a Taça de Prata de 1970, enquanto Cuca assumiu o Cruzeiro no meio do campeonato e levou o time ao segundo lugar.
Em 2011, Muricy já é o técnico do Santos, Abel Braga treina o Fluminense e Cuca, por enquanto, permanece no Cruzeiro. Na ala supersticiosa da torcida, porém, já há o coro para que o técnico vá embora, o que aumentaria as chances da equipe de triunfar.